Oferta Consumidor: 4 revistas pelo preço de uma

Brasil tem aumento de cirurgia bariátrica em plano de saúde e queda no SUS 

Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica também alerta para uma epidemia de obesidade no país, doença presente em 31,8% da população

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 25 jul 2023, 18h46 - Publicado em 25 jul 2023, 18h35

Dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) apontam que o Brasil registrou um aumento no número de cirurgias bariátricas por planos de saúde e queda pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo a entidade, somente em 2022, foram realizados 74.738 procedimentos no país, sendo 65.256 cirurgias via planos de saúde – de acordo com levantamento recente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que registrou um aumento de 22,9%, comparado com 2019, quando foram realizadas 53.087 cirurgias; e apenas 5.923 procedimentos pelo SUS, que teve uma queda de 54,8%, comparado com o mesmo ano, quando a rede pública atendeu 12.568 pacientes. Já o número de procedimentos particulares realizados ficou em 3.558 cirurgias.

“Se fizermos uma comparação da realização de cirurgias pelo SUS e o número de pacientes com indicação de cirurgia bariátrica, o número de procedimentos equivale a 1,5% da população elegível”, diz o presidente da SBCBM, Antônio Carlos Valezi.

Em 2021, foram 63.016 cirurgias bariátricas realizadas no Brasil, sendo 57.152 por meio de planos de saúde, 2.864 pelo SUS e cerca de 3 mil particulares. Em 2020 foram 52.715, com 46.437 cirurgias bariátricas por planos de saúde, 3.768 no SUS e 2.510 particulares.

Epidemia de Obesidade

A sociedade alerta ainda para uma epidemia de obesidade, que segue em crescimento enquanto existem estados que não possuem serviços de cirurgia bariátrica credenciados ao SUS, como é o caso de Rondônia e Roraima. “Dados do Sistema de Vigilância Alimentar [Sisvan] do Ministério da Saúde mostram que a obesidade está presente em 31,8% da população e o sobrepeso é de 34,6%”, explica Valezi. “Estamos em uma epidemia da doença obesidade, porta de entrada para inúmeras comorbidades que afetam a qualidade de vida da população e diretamente a saúde pública.”

Continua após a publicidade

Realmente todos os indicadores apontam para esse crescimento da obesidade, Segundo o Sisvan, o histórico dos índices de obesidade entre 2010 e 2022 foi de 15,4 pontos percentuais, saindo de 16,48% para 31,88% da população. Já no Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), a frequência de adultos com obesidade aumentou 10,6 pontos percentuais, variando de 11,8% a 22,4% em 2021.

O Atlas Mundial da Obesidade, produzido pela World Obesity Federation (WOF), diz que a obesidade deve atingir 41% da população brasileira até 2035 com impacto econômico na saúde estimado em 19,2 milhões de dólares, cerca de 3% do Produto Interno Bruto (PIB).

 Melhorias no SUS

Continua após a publicidade

A SBCBM informou também que defende uma maior transparência no que se refere a informação sobre número de pacientes que aguardam o tratamento cirúrgico da obesidade nas filas do SUS, em estados e municípios do país. Nos últimos anos, a entidade tem trabalhado com representantes do Ministério da Saúde para formalizar propostas de atualização das portarias que estabelecem as diretrizes da cirurgia bariátrica e metabólica no SUS.

Entre as revisões sugeridas pela SBCBM estão atualizações nos critérios e contraindicações do tratamento cirúrgico e códigos específicos para cada técnica cirúrgica; rotinas de pré e pós-operatório; regulação dos hospitais credenciados; disponibilização de polivitamínicos; recursos para habilitação de estrutura física e equipamentos adequados; reajuste da tabela SUS, congelada desde 2013, incentivos para hospitais que atendem a indicadores de qualidade e produção, incentivo a viabilização de cirurgias videolaparoscópicas e aumento da remuneração de profissionais e serviços hospitalares envolvidos nos processos.

“Fizemos uma proposição com o objetivo de aumentarmos o financiamento da cirurgia bariátrica no SUS. Seja através de um reajuste ou pela viabilização da cirurgia videolaparoscópica”, conta Galzuinda Maria Figueiredo Reis, diretora de Relações Governamentais da SBCBM. Segundo ela, a entidade criou indicadores de qualidade que poderiam ser utilizados como parâmetros, entre eles o mínimo de produção de cirurgias bariátricas, taxa de reinternação e percentual de acompanhamento no pós-operatório.

Além disso, a sociedade elaborou uma proposta de revisão da portaria que prevê também a realização de oficinas com gestores estaduais de unidades que não tenham esse tipo de atendimento em nenhum hospital do SUS, como Amapá, Rondônia e Roraima.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

SEMANA DO CONSUMIDOR

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas R$ 5,99/mês*
ECONOMIZE ATÉ 47% OFF

Revista em Casa + Digital Completo

Nas bancas, 1 revista custa R$ 29,90.
Aqui, você leva 4 revistas pelo preço de uma!
a partir de R$ 29,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.