A Organização Mundial da Saúde irá financiar a implementação do programa para uso da Profilaxia Pré-exposição (PrEp) Injetável no Brasil como meio de prevenção contra a Aids. A medicação será o Cabotegravir de ação prolongada. A profilaxia é feita com seis injeções ao ano. “A PrEP com Cabotegravir de longa duração é uma estratégia nova e poderosa que pode realmente fazer a diferença no controle da epidemia de HIV/Aids”, afirma Beatriz Grinsztejn, chefe do laboratório de Pesquisa Clínica em DST e Aids do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, que coordenará o projeto.
A iniciativa será coordenada pelo Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas em parceria com o Ministério da Saúde. O medicamento é indicado para indivíduos com maior risco de exposição ao HIV, o vírus da Aids: homens que fazem sexo com homens e pessoas trans de 18 a 30 anos.
O Cabotegravir de ação prolongada fornece oito semanas de proteção contínua contra a infecção pelo vírus por meio de uma única injeção intramuscular. Isso fornece uma alternativa à PrEP oral, que pode reduzir o risco de infecção pelo HIV em 99%, mas apenas quando tomada conforme prescrito: uma vez ao dia ou antes e depois do sexo no esquema PrEP 2+1+1 (neste caso, apenas para homens cisgêneros).
O remédio começará a ser usado também na África do Sul. No país, o alvo serão adolescentes e jovens mulheres.
Com Agência Fiocruz