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Conheça IA para diagnóstico de transtornos mentais selecionada para uso no SUS

Ainda em construção, 'e-Saúde Mental no SUS' integra, em uma única plataforma, três níveis de acesso: paciente, profissionais e gestores públicos

Por Agência Fapesp*
8 ago 2025, 15h36

O Centro de Pesquisa e Inovação em Saúde Mental (CISM) anunciou o desenvolvimento de um novo projeto, o “e-Saúde Mental no SUS”, uma plataforma com aplicativo de celular e inteligência artificial (IA) para o diagnóstico e o tratamento de transtornos mentais na atenção primária.

O CISM é uma iniciativa conjunta do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

A intervenção concorreu com outras propostas tecnológicas de saúde digital e ficou entre as selecionadas pelo Programa de Desenvolvimento e Inovação Local (PDIL) do Ministério da Saúde. Serão investidos aproximadamente R$ 12 milhões.

O PDIL tem como objetivo fomentar inovação tecnológica, impulsionar a economia regional e fortalecer a articulação entre pesquisa, setor produtivo e governo, contribuindo para acelerar o lançamento de novos medicamentos no país, com distribuição no Sistema Único de Saúde (SUS).

O projeto “e-Saúde Mental no SUS” foi apresentado pelo Hospital das Clínicas da FM-USP e concebido pelo CISM, que também coordenará sua execução. Ele vai integrar o Módulo III, focado na ciência da implementação a partir do desenvolvimento de intervenções e transferência de tecnologia à sociedade. O responsável será o professor Paulo Rossi Menezes, diretor científico do CISM.

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A ferramenta vai reunir um conjunto de soluções para o diagnóstico, suporte ao tratamento e monitoramento da saúde mental de pacientes do SUS. As intervenções serão baseadas em evidências científicas, com efetividade comprovada por rigorosos ensaios clínicos randomizados.

A plataforma busca também melhorar o conhecimento da população sobre saúde mental e reduzir o estigma, contribuindo para a adesão aos cuidados nessa área.

O “e-Saúde Mental no SUS” integra, em uma única plataforma, três níveis de acesso: paciente, profissional da Atenção Primária e gestores do SUS. Compatível com os sistemas Android e iOS, a plataforma será desenvolvida em parceria com o Instituto de Pesquisas Eldorado, de Campinas, que possui estrutura produtiva focada em inovação tecnológica, incluindo produtos digitais, criação de softwares e serviços relacionados.

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Como funciona

Ao entrarem no app, os usuários realizarão um “Check-in Digital”, que permitirá o cadastro e o acesso ao protocolo de tratamento. Outra funcionalidade é a “Avaliação de Sintomas”, realizada a partir de questionários digitais, cientificamente validados, para a identificação de casos de insônia, ansiedade e depressão, entre outros, tendo os resultados integrados ao prontuário eletrônico do paciente. Existe, ainda, a função de “Identificação de risco”, na qual o sistema percebe situações e emite alertas às equipes de saúde.

O “e-Saúde Mental no SUS” oferecerá aos usuários psicoeducação sobre transtornos mentais e técnicas autoaplicáveis de regulação emocional e ativação comportamental para a melhora dos sintomas. A ferramenta será capaz de simplificar e otimizar o acerto do diagnóstico pelos profissionais, levando a um aumento das taxas de identificação precoce. Com isso, vai reduzir o tempo entre a apresentação dos sintomas, o diagnóstico e o início do tratamento.

Além disso, haverá algoritmos para orientar o profissional da atenção primária sobre o resultado das avaliações às quais os usuários serão submetidos, o diagnóstico provável e as condutas indicadas de acordo com o caso, que poderão ser desde terapias farmacológicas ou não até a necessidade de encaminhamento para serviços especializados. O aplicativo avalia também o avanço clínico do paciente ao longo do tempo.

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Já em relação ao uso para gestão pública, o “e-Saúde Mental no SUS” permitirá que as informações reunidas sejam disponibilizadas para a identificação de padrões, tendências e particularidades sobre saúde mental em diferentes regiões do país.

A nova plataforma levará cerca de um ano e meio para ser desenvolvida. O conhecimento da tecnologia será transferido aos profissionais do SUS por meio de capacitação para a utilização da ferramenta de forma eficaz e autônoma. Isso será feito por meio de cursos de treinamento, manuais de operação e suporte técnico contínuo.

* Com informações do CISM

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