O governador de São Paulo, João Doria, determinou nesta terça-feira, 14, que o Instituto Butantan substitua os lotes da CoronaVac que foram interditados pela Anvisa. As primeiras 6,9 milhões de doses serão entregues na quarta-feira, 15, ao Ministério da Saúde. Elas foram produzidas pelo Butantan com ingrediente farmacêutico ativo (IFA) importado da China.
Um novo lote com 5 milhões de doses prontas, produzidas na fábrica da Sinovac vistoriada pela Anvisa, chegará a São Paulo na próxima semana, totalizando 11,9 milhões de doses. “Não podemos ter doses bloqueadas em meio a uma pandemia. A população precisa de vacinas. Por isso, determinei ao Butantan o remanejamento de vacinas para suprir as que estão interditadas. Nós precisamos de celeridade. Por isso, as novas doses virão de fábricas vistoriadas pela Anvisa para pronta aplicação”, disse Doria.
No dia 4 de setembro a Anvisa determinou a interdição cautelar de mais de 12 milhões de doses da CoronaVac que foram envasadas em uma unidade fabril da Sinovac, na China, que não possui o Certificado de Boas Práticas de Fabricação emitido pela agência nem foi inspecionada por outras autoridades de referência. Ao todo, o bloqueio atinge 25 lotes da vacina CoronaVac, que totalizam 21 milhões de doses. Destas, 9 milhões ainda estão em processo de envio ao Brasil e não foram entregues ao Ministério da Saúde.
O Butantan mantém uma força-tarefa com a Anvisa para liberação dos lotes interditados. Na semana passada foi realizada uma reunião entre o Butantan e a Anvisa, mas a agência não liberou os lotes. Segundo a Anvisa, os documentos apresentados “não respondem satisfatoriamente a todas as incertezas sobre o novo local de fabricação.”