Coronavírus: cinco novas descobertas da medicina sobre a doença
Novos sintomas, agentes de transmissores e estratégias de prevenção foram assunto da comunidade científica recentemente
Enquanto a transmissão do novo coronavírus avança e obriga governos de todo o mundo a tomar medidas drásticas para conter o número de infectados por Covid-19, a ciência também movimenta-se rapidamente em busca de antídotos para a infecção.
Pesquisadores estão em franco avanço para desvendar mistérios que cercam a transmissão e características específicas do vírus que já levou 92 brasileiros à morte. VEJA consolidou algumas das descobertas e publicações científicas que dão mais pistas sobre o vírus. Confira:
Novos sintomas
Além dos sintomas já conhecidos: falta de ar, coriza, febre baixa e dor de garganta, os infectados pelo novo coronavírus apresentaram novos sintomas durante o atendimento em hospitais, caso da perda de olfato e, em alguns casos, do paladar. Pacientes com esta característica foram detectados na Alemanha, Itália, Coreia do Sul e Estados Unidos. Outra características menos conhecidas são desconfortos abdominais, náuseas, cólicas, diarreias e falta de apetite.
Vitamina D
Um estudo publicado nesta semana pela Universidade de Turim sugere que a vitamina D pode ser grande aliada na prevenção de casos de Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus. De acordo com os especialistas responsáveis pelo documento foi notada uma deficiência do nutriente entre os pacientes italianos com diagnóstico positivo para a doença. De acordo com o documento, há diversas evidências científicas dos efeitos da vitamina D na prevenção de quadros infecciosos e de doenças que podem reduzir a expectativa de vida em idosos.
Transmissão por meio das fezes
Um estudo publicado no reconhecido periódico científico JAMA apontou que foram encontrados vírus vivos nas fezes de pacientes infectados. Os dejetos fecais, portanto, foram classificados como uma potencial forma de transmissão do vírus. A mesma pesquisa informa que após a higienização dos vasos sanitários usados pelas pessoas com Covid-19, a amostra do vírus deu negativo.
Tempo que o vírus dura em superfícies
Um estudo financiado pelo governo dos Estados Unidos publicado na terça-feira, 17, apontou que o novo coronavírus pode sobreviver na superfície ou no ar por várias horas. O vírus da Covid-19 foi detectado por até dois ou três dias em plástico e aço inoxidável, e por até 24 horas em papelão. O estudo foi publicado no New England Journal of Medicine (NEJM) e conduzido por cientistas dos Centros dos Estados Unidos para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), Universidade da Califórnia, Los Angeles e Princeton. A metodologia da pesquisa que utilizou um inalador para replicar o efeito de espirros e tosse causou muita repercussão e chegou a ser criticada.
Transmissão de grávidas aos seus fetos é incomum, mas não deve ser descartada
Um artigo do periódico científico Jama Pedratrics publicado no último dia 10 informou que, apesar de incomum, a transmissão do novo coronavírus de grávidas infectadas por Covid-19 aos seus fetos é pouco provável, mas não deve ser descartada. O estudo realizado entre janeiro e fevereiro levou em conta os recém-nascidos da maternidade chinesa de Wuhan, em Hubei, região que foi ponto inicial da pandemia. O documento aponta que estudos recentes realizados no líquido amniótico, sangue do cordão umbilical e no leite materno das gestantes com diagnóstico positivo para a infecção atestaram negativo para o novo coronavírus.