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Coronavírus: Gilead tem 50.000 terapias de remdesivir prontas para entrega

Há expectativa que a FDA autorize o uso em breve. Resultados preliminares mostraram que o tratamento acelera a recuperação de doentes com Covid-19

Por Da redação
Atualizado em 30 abr 2020, 20h10 - Publicado em 30 abr 2020, 10h37
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  • A Gilead, biofarmacêutica com sede nos Estados Unidos, tem 50.000 terapias de remdesivir prontas para entrega. De acordo com informações da Bloomberg, a informação foi dada por Daniel O’Day, CEO da Gilead, em entrevista concedida na quarta-feira 29, horas depois que Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, comentou publicamente os resultados positivos de um estudo com o medicamento em pacientes com Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, moderada ou grave.

    Ainda segundo O’Day, em entrevista ao Stat, até julho outros 140.000 cursos de tratamento estarão prontos e, até o final do ano, milhões estarão disponíveis. A informação é importante pois há expectativa que a FDA, agência americana que regula medicamentos, libere o uso emergencial do remdesivir em pacientes infectados por coronavírus. Como o medicamento ainda não está oficialmente aprovado em nenhum país, não há uma produção constante em larga escala e é fundamental saber que a empresa tem capacidade de aumentar rapidamente a produção para atender a demanda que provavelmente será mundial.

    A expectativa de autorização de uso pela FDA surgiu na quarta-feira, 29, quando foram divulgados resultados preliminares de um estudo realizado pelos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH). De acordo com o estudo, feito com mais de 1.000 pacientes, aqueles que foram tratados com remdesivir tiveram um tempo de recuperação 31% mais rápido do que os que receberam o placebo.

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    Em dias, isso significa que o remdesivir reduziu de 15 dias – período dos pacientes que receberam o placebo – para, em média, 11 dias o tempo que um paciente demora para ter alta hospitalar ou retornar  às suas atividades normais. “Embora uma melhoria de 31% não seja tão impactante quanto 100%, é uma prova de conceito muito importante. […] O que provou é que um medicamento pode bloquear esse vírus”, disse Fauci.

    Em entrevista ao Stat, O’Day explicou que o processo de produção do remdesivir é extretamente complicado e demorado. “Inicialmente, em janeiro, foram necessários 12 meses, de ponta a ponta, para produzir este produto. Agora, com base nos esforços da equipe, realmente ajustando todos os processos de fabricação, temos isso em torno de seis meses.”, explicou.

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