O Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos informou neste sábado, 20, que interrompeu os estudos para medir a eficácia da hidroxicloroquina no tratamento de pacientes hospitalizados com diagnóstico de Covid-19. Segundo a autoridade de saúde americana, os resultados mostram que é muito improvável que o medicamento traga algum benefício – apesar de também não causar piora nos quadros.
A iniciativa segue uma tendência mundial da última semana. No período, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já havia finalizado os estudos após os amplos testes em diversos países não mostrarem indícios de que o medicamento ajudava no tratamento da Covid-19. A FDA, agência reguladora de alimentos e medicamentos dos EUA, revogou a autorização do uso emergencial do remédio.
A hidroxicloroquina é usada no combate de malária e artrite. A utilização do medicamento para a Covid-19 foi elogiada pelo presidente americano Donald Trump e era tida por ele como um “tratamento potencial”, que poderia ser “uma das maiores mudanças da história da medicina”. O político chegou a anunciar que tomava o remédio de forma preventiva para evitar a contaminação. No Brasil, o presidente Jair Bolsonaro também é entusiasta do uso da hidroxicloroquina no tratamento de coronavírus. O Ministério da Saúde inclusive mudou o protocolo de uso do medicamento, que antes tinha o uso recomendado só para casos graves. Após autorização do ministro Eduardo Pazuello, o medicamento pode ser receitado também para pessoas em estágio inicial da doença, desde que elas assinem um termo concordando com o tratamento.
News: NIH halts clinical trial of hydroxychloroquine https://t.co/DPojLYsq1x
— NIH (@NIH) June 20, 2020