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Covid-19: uso de máscara pode ajudar a criar imunidade

Pesquisadores sugerem que a máscara não impede o contato com o vírus, mas reduz a carga viral contribuindo para a criação de anticorpos

Por Da Redação Atualizado em 15 set 2020, 18h43 - Publicado em 15 set 2020, 18h06

O uso de máscaras pode funcionar como uma vacina ao induzir a produção de anticorpos e contribuir para a imunização dos indivíduos, de acordo com um grupo de pesquisadores da Universidade da Califórnia, em São Francisco. A hipótese, publicada recentemente em um comentário no New England Journal of Medicine, é que a máscara pode não impedir totalmente o contato com o vírus, mas reduz a carga viral. O que, por sua vez, aumenta a probabilidade de casos assintomáticos, que não evoluem para quadros graves, mas ainda estimulam a produção de anticorpos contra a doença.

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“Você pode ter esse vírus, mas ser assintomático. Portanto, se você pode aumentar as taxas de infecção assintomática com máscaras, talvez isso se torne uma forma de variolar a população”, disse a infectologista Monica Gandhi, da Universidade da Califórnia, em São Francisco, e uma das autoras do artigo.

A ideia é inspirada em um conceito chamado variolação, que consiste na exposição deliberada a um patógeno para gerar uma resposta imune protetora. A estratégia tem esse nome porque foi usada contra a varíola. Na época, era comum as pessoas se exporem à doença, para se infectarem e adquirirem imunidade. O método serviu de inspiração para o desenvolvimento de vacinas e com o tempo, devido aos riscos, caiu em desuso.

LEIA TAMBÉM: O que é carga viral e qual sua importância na gravidade da Covid-19

Vale ressaltar que usar a máscara não substitui a aplicação de uma vacina, quando ela existir, nem significa que  as pessoas devam usar uma máscara para se inocular intencionalmente com o vírus. “Esta não é, de forma alguma, a recomendação”, disse Monica. Além disso, essa é apenas uma teoria. A única forma de prová-la seria por meio de um estudo clínico que colocasse pessoas com e sem máscara na presença do vírus e, sem seguida, acompanhasse a evolução destas pessoas. Mas esse é um tipo de experimento considerado antiético.

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O uso de máscaras é considerado a melhor estratégia para evitar a infecção. Mas a prevenção é ainda mais eficaz quando combinada a outros métodos, incluindo o distanciamento físico – distância mínima de 1,5 metro de outras pessoas -, higiene das mãos e evitar aglomerações.

 

A teoria da variolação do coronavírus se baseia em duas suposições difíceis de provar. A primeira delas é que doses mais baixas do vírus levam a doenças menos graves e a segunda, que infecções leves ou assintomáticas podem estimular proteção de longo prazo. Embora isso seja verdade para outros patógenos, ainda não há um consenso sobre o novo coronavírus.

Estudos preliminares sugerem que uma carga viral mais baixa corresponde a quadros mais leves. Por outro lado, ainda não se sabe se isso é suficiente para induzir anticorpos neutralizantes e imunidade de longo prazo contra a doença.

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