Dois hospitais de campanha são fechados temporariamente no Rio
Das sete unidades prometidas, hospitais do Maracanã e de São Gonçalo foram os únicos entregues pela gestão do governador Wilson Witzel (PSC)
Quatro meses após o Governo do Estado do Rio de Janeiro anunciar a criação de sete hospitais de campanha para atender os pacientes com Covid-19, a gestão de Wilson Witzel (PSC) decidiu interromper as atividades das únicas duas unidades que foram abertas. Nesta sexta, 17, a secretaria estadual de Saúde encerrou as atividades do Maracanã, na Zona Norte, e de São Gonçalo, na Região Metropolitana da capital fluminense. A medida foi tomada após o término do contrato com a Organização Social Iabas, que na última terça, 14, informou à pasta que não prestaria mais os serviços.
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Clique e AssineO Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde está no centro da crise da saúde do Rio e foi um dos alvos da Operação Placebo, deflagrada pela Polícia Federal no dia 26 de maio deste ano, por suspeita de fraudes nos contratos. Além disso, o ex-secretário Edmar Santos e dois subsecretários foram presos por suspeita de desvio de verbas. Desde o início da pandemia do novo coronavírus, três operações investigaram fraude nos recursos para compra de equipamentos e montagem de instalações.
Ao todo, 26 pacientes do Maracanã, sendo 16 de UTI e 10 de enfermagem, foram encaminhados para o Hospital Universitário Pedro Ernesto, Hospital Municipal Ronaldo Gazolla e Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Já os 8 pacientes de São Gonçalo, sendo 7 de UTI e de 1 de enfermaria, foram para o Instituto Estadual do Tórax Ary Parreira e Hospital Municipal Luiz Palmier.
Procurada, a secretaria de Saúde informou que a transferência foi feita de forma preventiva para preservar a saúde e dar continuidade aos tratamentos dos pacientes. “A SES finaliza comunicando que os hospitais não serão fechados neste momento e que a Fundação Saúde irá ceder profissionais para atuarem nos hospitais de campanha”, encerra o trecho.