Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99
Continua após publicidade

Coronavírus: epidemia deve durar até outubro em SP

De acordo com Dimas Covas, a baixa taxa de isolamento social no estado contribui para o prolongamento da epidemia

Por Da redação
Atualizado em 25 Maio 2020, 17h50 - Publicado em 25 Maio 2020, 17h38

A baixa taxa de adesão à quarentena em São Paulo aumenta o pessimismo das autoridades de saúde sobre a epidemia no estado. De acordo com Dimas Covas, chefe do Centro de Contingência de combate ao coronavírus no estado de São Paulo, em entrevista à Globo News, “quanto menor o índice de isolamento social, mais longa se torna essa epidemia. Nesses níveis atuais, inferiores a 50%, essa epidemia passará junho, julho, agosto, provavelmente em setembro deve ter uma inflexão, e até outubro teremos casos ainda”. 

O mínimo recomendado pelo governo são 55% de isolamento. O ideal é 70%. Segundo dados do Sistema de Monitoramento Inteligente, o percentual de isolamento social no Estado no domingo, 24, foi de 55%. Normalmente, aos domingos há uma elevação da taxa e o fato do feriado de 9 de julho ter sido transferido para esta segunda-feira, 25, pode ter contribuído para o aumento do nível. No entanto, constantemente o estado de São Paulo e a Grande São Paulo não atingem sequer 50% de isolamento.

ASSINE VEJA

Coronavírus: ninguém está imune
Coronavírus: ninguém está imune Como a pandemia afeta crianças e adolescentes, a delação que ameaça Witzel e mais. Leia na edição da semana ()
Clique e Assine

O resultado disso é a expansão das infecções e uma alta taxa de ocupação de UTIs, o que contribui para um potencial colapso do sistema de saúde. Em números absolutos o estado de São Paulo é o mais afetado pela epidemia. São 6.220 mortes e 83.625 casos da Covid-19, registrados em 510 municípios. Destes, 237 tiveram uma ou mais vítimas fatais da doença.

Mais de 11.000 pacientes estão internados com suspeita ou confirmação da doença, sendo 4.283 em UTI e 6.867 em enfermaria. A taxa de ocupação dos leitos de UTI reservados para atendimento de Covid-19 é de 73,8% no Estado de São Paulo e 88,1% na Grande São Paulo. Até o momento já ocorreram 16.814 altas de pacientes internados pela infecção.

Continua após a publicidade

LEIA TAMBÉM: Dor nas costas durante o isolamento social: da prevenção ao tratamento

“As pessoas não conseguem entender isso, é difícil de transmitir isso em termos mais fáceis para a população entender. Mas é isso, quanto menos isolamento, mais tempo vamos conviver com o vírus. Quanto mais isolamento, mais cedo o controlaremos. É uma relação quase que direta. Então precisamos nos conscientizar”, explicou Covas à Globo News.

Cloroquina

Durante a entrevista à Globo News Covas também comentou sobre o novo protocolo do Ministério da Saúde de recomendação do uso da cloroquina e de seu derivado menos tóxico, a hidroxicloroquina, em pacientes com Covid-19. Segundo o coordenador, não haverá mudança quanto à recomendação do uso do medicamento no estado. Atualmente, a cloroquina é usada no tratamento de pacientes internados e apenas sob recomendação médica.

“A cloroquina não é um remédio mágico, ela tem problemas, e ela é de prescrição medica. […] O médico tem que informar isso ao paciente, se o médico achar que está indicado, o paciente aceitar essas condições, que existem riscos que podem implicar no agravamento da sua doença, ele aceita ou não”, disse Dimas Covas à Globo News.

Continua após a publicidade

Nesta segunda-feira, 25, a Organização Mundial da Saúde (OMS) suspendeu temporariamente os estudos com cloroquina e hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19 devido à preocupação com a segurança do medicamento. Na sexta-feira, 22, um grande estudo publicado na revista científica The Lancet concluiu que o medicamento não traz benefícios contra o coronavírus e aumenta o risco de arritmia cardíaca e morte. Diante dessas novas evidências, a OMS decidiu revisar a segurança do medicamento antes de dar continuidade aos estudos.

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.