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Estado de São Paulo registra primeira morte por varíola dos macacos

Paciente com comorbidades tinha 26 anos e estava internado no Instituto de Infectologia Emílio Ribas desde o dia 1º de agosto

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 12 out 2022, 12h27
O estado de São Paulo registrou a primeira morte por monkeypox, mais conhecida como varíola dos macacos, nesta quarta-feira, 12. O paciente era um homem de 26 anos com comorbidades, morador da capital, que estava internado no Instituto de Infectologia Emílio Ribas desde 1º de agosto. No Brasil, cinco pessoas morreram por causa da doença, duas em Minas Gerais e três no Rio de Janeiro, segundo o Ministério da Saúde.
A Secretaria de Estado da Saúde informou que o paciente passava por tratamento com antivirais para uso emergencial em pacientes graves. Até o momento, o estado tem 3.861 casos confirmados da zoonose viral capaz de infectar seres humanos. Em todo o país, de acordo com balanço divulgado nesta terça-feira, 11, há 8.521 casos confirmados e 4.768 notificações suspeitas.
No início deste mês, o Brasil recebeu a primeira remessa com 9,8 mil doses da vacina contra a varíola dos macacos, que será utilizada em estudos para avaliar a efetividade do imunizante na população brasileira exposta à doença.

O ministério adquiriu 50 mil doses da vacina contra a doença por meio de tratativas com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a previsão era de que a primeira remessa chegasse ao país em setembro. A pasta informou que as demais doses devem chegar até o fim deste ano. Em agosto, foi lançada a Campanha Nacional de Prevenção à Monkeypox.

Em julho, a zoonose viral foi considerada uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (PHEIC, na sigla em inglês) pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e, até o momento, contabiliza 71,3 mil casos no mundo, segundo a plataforma Our World in Data, ligada à Universidade de Oxford.

Monkeypox

Descoberta em 1958, a monkeypox (varíola dos macacos) recebeu esse nome por ter sido observada pela primeira vez em primatas utilizados em pesquisa. Ela circula principalmente entre roedores, e humanos podem se infectar com o consumo da carne, contato com animais mortos ou ferimentos causados por eles.

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Entre os sintomas, estão: febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, linfonodos inchados, calafrios e exaustão. A erupção cutânea começa geralmente no rosto e, depois, se espalha para outras partes do corpo, principalmente as mãos e os pés. Antes do surto, a doença era considerada endêmica em países da África central e ocidental, como República Democrática do Congo e Nigéria.

Análises preliminares sobre os primeiros casos do surto na Europa e na América do Norte demonstraram que o vírus foi detectado por serviços de cuidados primários ou de saúde sexual e os principais pacientes eram homens que fazem sexo com homens. No entanto, a OMS já alertou para o fato de que essa não é uma doença que afeta grupos específicos e que qualquer pessoa pode contraí-la se tiver contato próximo com alguém infectado.

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