Estudo alemão descobre proteína associada à longevidade
Baixos níveis desse marcador estão associados à maior expectativa de vida
Uma proteína produzida pelas células nervosas pode ser uma forma eficaz de avaliar a saúde de pessoas que estão envelhecendo. De acordo com um estudo publicado recentemente na revista científica Nature Ageing, níveis sanguíneos da proteína neurofilamento de cadeia leve (NfL, na sigla em inglês) estão diretamente associadas à longevidade.
No estudo, pesquisadores da Universidade de Tübingen, na Alemanha, analisaram os níveis de NfL no sangue de 180 pessoas na casa dos noventa anos e de 135 pessoas que tinham 100 anos. Os resultados mostraram que tanto em nonagenários quanto em centenários níveis mais baixos da proteína estavam correlacionados com sobrevida mais longa.
Estudos anteriores já haviam mostrado que os níveis de NfL no sangue aumentam após danos cerebrais e o aparecimento de doenças neurodegenerativas. Dessa maneira, a proteína funciona como um biomarcador. Caso sejam detectados níveis altos, o indivíduo pode estar sofrendo de alguma lesão neuronal, o que está diretamente associado a um tempo de vida mais curto ou a presença de alguma doença neurodegenerativa. Agora, eles também sugerem que medir os níveis dessa proteína pode ser uma melhor forma de predizer o risco de mortalidade de idosos em idade avançada, em comparação com outros marcadores, como níveis de atividade ou funcionamento cognitivo.