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Estudo revela 12 maneiras de reduzir drasticamente o risco de demência

Alterações no estilo de vida, como consumo excessivo de álcool e de comida e exposição à poluição, podem reduzir ou atrasar o problema em 40% dos casos

Por Da redação
Atualizado em 31 jul 2020, 17h55 - Publicado em 31 jul 2020, 17h25
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  • A modificação de 12 fatores de risco associados ao estilo de vida pode atrasar ou prevenir 40% dos casos de demência. A conclusão é de um relatório produzido por 28 especialistas mundiais que integram a Comissão Lancet para prevenção, intervenção e assistência à demência.

    O documento traz atualizações nas evidências sobre 9 fatores de risco identificados pela comissão em 2017 e acrescenta três novos itens à lista. São eles: lesão na cabeça, consumo excessivo de álcool (mais de 21 unidades por semana) e exposição à poluição do ar. Combinados, esses novos fatores estão associados a 6% de todos os casos de demência, sendo 3% associados a traumatismo craniano, 1% ao consumo excessivo de álcool e 2% a exposição à poluição do ar.

    Os demais fatores – perda auditiva, depressão, baixo nível de escolaridade, tabagismo, isolamento social, diabetes, hipertensão, obesidade e falta de atividade física – estão associados a 34% de todos os casos de demência. Desses os que têm maior impacto são baixa escolaridade, perda auditiva e tabagismo (7%, 8% e 5%, respectivamente).

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    Para efeito de comparação sobre a importância desses fatores modificáveis na redução do risco de demência, no relatório de 2017, a comissão aponta que se fosse encontrada uma solução para o principal fator de risco genético para demência, apenas 7% dos casos poderiam ser evitados.

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    “Nosso relatório mostra que está ao alcance de formuladores de políticas e indivíduos prevenir e atrasar uma proporção significativa de [casos de] demência, com oportunidade de causar impacto em cada estágio da vida de uma pessoa”, disse Gill Livingston, líder do estudo e professor da Universidade College London, no Reino Unido.

    Cerca de 50 milhões de pessoas no mundo vivem com demência. A estimativa é que esse número aumente para 152 milhões em 2050, particularmente nos países de baixa e média renda. A demência afeta não só os indivíduos que apresentam o problema, mas também suas famílias e a economia, com custos globais estimados em cerca de 1 trilhão de dólares por ano (cerca de 5,2 trilhões de reais).

    LEIA TAMBÉM: Alzheimer: o começo do fim

    Estratégias de prevenção

    Embora algumas alterações dependam de cada pessoa, muitas exigem mudanças lideradas pelo governo. O novo relatório inclui uma lista de recomendações direcionadas a alterar esses fatores:

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    – Manter a pressão arterial sistólica no máximo em 130 mm Hg a partir dos 40 anos de idade;
    – Incentivar o uso de aparelhos auditivos e reduzir o risco de perda da audição ao proteger os ouvidos contra altos níveis de ruído;
    – Reduzir a exposição à poluição do ar e ao fumo passivo de produtos com tabaco;
    – Prevenir lesões na cabeça;
    – Evitar o uso indevido de álcool e limitar o consumo a no máximo 21 unidades por semana;
    – Parar de fumar e apoiar outras pessoas a pararem também;
    – Proporcionar educação primária e secundária a todas as crianças;
    – Levar uma vida ativa mesmo na meia idade e terceira idade;
    – Reduzir a obesidade e diabetes.

    Em alguns países, a proporção de idosos com demência diminuiu, provavelmente devido a melhorias na educação, nutrição, assistência médica e mudanças no estilo de vida, demonstrando a possibilidade de redução da doença por meio de medidas preventivas. Vale ressaltar que mesmo em idade mais avançada, a adoção de um estilo de vida mais saudável pode adiar ou até mesmo prevenir a demência.

    “Como sociedades, precisamos pensar além de promover a boa saúde para evitar a demência e começar a combater as desigualdades para melhorar as circunstâncias nas quais as pessoas vivem suas vidas. Podemos reduzir os riscos criando ambientes ativos e saudáveis ​​para as comunidades, onde atividade é a norma, uma dieta melhor é acessível a todos e a exposição ao álcool excessivo é minimizada”, reforça Livingston.

    Os autores defendem cuidados holísticos e individualizados, baseados em evidências, que abordem saúde física e mental, assistência social e suporte que podem acomodar necessidades complexas.

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