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EUA aprovam primeira pílula digital rastreável

A FDA aprovou um antipsicótico biotecnológico com um sensor acoplado capaz de informar quando e se o medicamento foi ingerido

Por Da Redação
14 nov 2017, 13h31
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  • A FDA, agência americana que regula medicamentos, aprovou na segunda-feira a primeira pílula digital rastreável. Um sensor acoplado ao medicamento aripiprazol, um antipsicótico já usado para o tratamento de distúrbios mentais, como esquizofrenia, depressão e transtorno bipolar, envia informações a um adesivo acoplado ao corpo. Este, por sua vez, manda os dados para um aplicativo no celular.

    O sensor, que tem o tamanho de um grão de areia, é feito de um material absorvido pelo corpo e é ativado quando entra em contato com fluido estomacal. Como isso pode levar de 30 minutos a duas horas para acontecer, e a ingestão então ser detectada, a bula do medicamento diz que ele não deve ser usado para rastrear a ingestão em tempo real ou durante uma emergência.

    Além de quando e se o medicamento foi tomado, o sensor também informa dados de atividade fisiológica da pílula, que podem ser úteis para um melhor entendimento do tratamento. Com consentimento do pacientes, médicos e familiares podem ter acesso aos dados. Essa permissão pode ser modificada pelo paciente a qualquer momento.

    O Abilify MyCite foi desenvolvido por duas empresas: a Otsuka Pharmaceuticals e a Proteus Digital Health. As fabricantes alegam que a nova tecnologia pode ser útil para manter a adesão ao tratamento de pacientes com distúrbios mentais, que podem ter dificuldades para manter a terapia durante um longo período de tempo.

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    Maior adesão ao tratamento

    Apesar da alegação e da aprovação, o FDA afirmou que não foram apresentados estudos mostrando maior adesão à terapia com o uso da tecnologia.”O FDA apoia o desenvolvimento e o uso de novas tecnologias e está comprometido a trabalhar com empresas para entender como essa tecnologia pode beneficiar pacientes e médicos.”, disse o comunicado da agência.

    Segundo as empresas, inicialmente a tecnologia só será utilizada em um grupo pequeno de médicos e pacientes. O medicamento não é indicado para idosos nem crianças e aqueles que fizerem uso da medicação devem ser acompanhados no que diz respeito a pensamentos e comportamentos suicidas.

    Cuidados e privacidade

    A aprovação da nova tecnologia foi vista com ressalvas pela imprensa americana que levantou questões associadas à privacidade dos pacientes, já que uma vez que as informações estarão disponíveis na rede, mecanismos robustos de segurança devem ser desenvolvidos para proteger os dados.

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