Fauci diz que é cedo para considerar uma terceira dose da Pfizer
Líder da força-tarefa contra o coronavírus no governo Trump e atual conselheiro de Biden afirma ser precipitado discutir imunização adicional agora
O infectologista Anthony Fauci, que fez parte da força-tarefa de combate ao coronavírus no governo Donald Trump e atualmente assessora Joe Biden em todos os assuntos pertinentes à Covid-19, disse que o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e a agência de medicamentos e alimentos (FDA), duas das autarquias mais importantes dos Estados Unidos, fizeram bem em se opor à iniciativa da Pfizer de propor uma terceira dose da vacina nos próximos doze meses. Os dois órgãos federais de saúde não veem necessidade de um reforço na imunização neste momento, e Fauci concorda com isso.
Segundo a agência de notícias Associated Press, Fauci diz que é possível que um reforço venha a ser exigido, mas que seria muito precipitado discutir isso agora. Para decidir sobre a necessidade de uma terceira dose das vacinas dos laboratórios Pfizer e Moderna ou de uma dose adicional da Janssen, da Johnson & Johnson, estudos clínicos e laboratoriais devem ser concluídos. “No momento, tendo em vista os dados e informações de que dispomos, a população americana não precisa de reforço”, declarou Fauci. “Não significa, entretanto, que não venha a precisar. Há estudos em andamento para averiguar a questão.”
Uma vez que as vacinas da Pfizer e da J&J estão em uso no Brasil, qualquer decisão das autoridades de saúde americanas quanto a doses adicionais afetaria diretamente o processo de imunização brasileiro, especialmente em 2022, quando se espera que mais de 70% da população esteja totalmente vacinada.