Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99
Continua após publicidade

Meninos começam a ser vacinados contra HPV pelo SUS

Garotos de 12 e 13 anos já podem ser vacinados contra o HPV nos postos de vacinação. Até o ano passado, a imunização era feita apenas em meninas

Por Da Redação
3 jan 2017, 11h49

Meninos de 12 e 13 anos já podem ser vacinados contra o HPV nos postos de vacinação de todo o país a partir de segunda-feira. Até o ano passado, a imunização no Sistema Único de Saúde (SUS) era feita somente em meninas. A expectativa do Ministério da Saúde é proteger 3,6 milhões de meninos este ano. Foram adquiridos seis milhões de doses ao custo de R$ 288,4 milhões.

De acordo com o Ministério da Saúde, a faixa etária será ampliada para meninos entre 9 e 13 anos até 2020, gradativamente. Segundo tabela divulgada pela pasta, no ano que vem, a oferta da vacina incluirá meninos de 11 anos. Em 2019, garotos de 10 anos passarão a ser imunizados também; e em 2020, os de 9.

Os meninos devem tomar duas doses, com seis meses de intervalo entre cada uma. Para os portadores do HIV entre 9 e 26 anos, o esquema vacinal é de três doses – intervalo de 0, 2 e 6 meses.

A vacina disponibilizada para os garotos é quadrivalente, a mesma que, desde 2014, é oferecida pelo SUS somente para as meninas. O imunizante protege contra quatro subtipos do vírus HPV (6, 11, 16 e 18) e possui 98% de eficácia.

Continua após a publicidade

A estratégia de imunização de garotos, conforme o Ministério da Saúde, tem como objetivo proteger contra os cânceres de pênis, garganta e ânus, doenças que estão diretamente relacionadas ao HPV. A definição da faixa-etária para a vacinação visa proteger as crianças antes do início da vida sexual e, portanto, antes do contato com o vírus.

A decisão de ampliar a imunização contra o vírus para o sexo masculino segue recomendações das Sociedades Brasileiras de Pediatria, Imunologia, Obstetrícia e Ginecologia, além de DST/AIDS, e do Advisory Committee on Imunization Practices (órgão consultivo de imunização dos Estados Unidos).

Meninas

Outra novidade no calendário de 2017 do SUS é a inclusão das meninas que chegaram aos 14 anos sem tomar a vacina ou que não completaram as duas doses indicadas. O Ministério estima que 500 mil adolescentes estejam nessa situação. Até o ano passado, a faixa etária se limitava dos 9 aos 13 anos.

Para as garotas, o foco da imunização é proteger contra o câncer de colo do útero, vulva, vaginal e anal, além de lesões pré-cancerosas, verrugas genitais e outras infecções causadas pelo vírus.

Continua após a publicidade

Riscos do HPV

O papilomavírus humano (HPV, da sigla em inglês human papiloma virus) é o vírus sexualmente transmissível mais comum e possui mais de 200 subtipos. Desse total, mais de 40 são facilmente transmitidos pela via sexual, com o contato direto – seja genital-genital, oral-genital ou manual-genital – da pele ou de uma mucosa infectada. Entre eles, cerca de 12 são considerados de alto risco e podem causar câncer. Os subtipos 16 e 18, por exemplo, são responsáveis pela maioria dos casos de câncer relacionados ao HPV. Já os tipos 6 e 11 não estão associados a tumores, mas são responsáveis por 90% das verrugas em regiões de mucosas, genitais e ânus.

Em relação à incidência, acredita-se que cerca de 50% dos homens e mulheres sexualmente ativos nos Estados Unidos, por exemplo, já contraíram o vírus em algum momento da vida. Em 90% dos casos o sistema imunológico consegue derrotar o vírus no período de dois anos. No entanto, mesmo sem sintomas, a pessoa pode infectar parceiros. Também é possível que a doença só se manifeste anos após ter tido contato com alguém infectado, o que complica a tarefa de determinar quando ocorreu a infecção.

O HPV também pode provocar lesões pré-cancerosas, ou seja, lesões que podem se transformar em um câncer. No entanto, contrair o vírus – mesmo os subtipos considerados de alto risco- não é sinônimo de câncer. Segundo o site do Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos, a maior parte das infecções por HPV ocorre sem apresentar qualquer sintoma. O problema é que algumas persistem por muitos anos e infecções persistentes com subtipos de alto risco levam a mudanças nas células que, sem tratamento, podem causar câncer.

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.