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Millennials correm maior risco de depressão pré-natal, aponta estudo

Segundo os pesquisadores, 25% das mulheres grávidas da geração atual tiveram depressão; na geração passada foram 17%

Por Da Redação
16 jul 2018, 18h00
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  • As mulheres da geração millennial – quem nasceu entre 1980 e 1995 – estão mais propensas a sofrer de depressão durante a gravidez do que as mulheres das gerações anteriores, afirma estudo publicado no JAMA Network Open. Segundo os pesquisadores da Universidade de Bristol, no Reino Unido, sentimentos de opressão (ou sobrecarga), ansiedade e estresse causados pela rotina acelerada são os principais fatores que impulsionam o problema.

    Doença da geração

    O estudo comparou a prevalência de casos de depressão pré-natal em 2.390 mulheres britânicas que tiveram filhos no início dos anos 1990 com 180 mulheres da geração seguinte, que eram filhas ou parceiras dos filhos do grupo original. A idade média em ambos os grupos durante a gravidez foi de 19 a 24 anos. Os resultados mostraram que as filhas de mulheres que ficaram deprimidas durante a gravidez correm um risco três vezes maior de desenvolver depressão pré-natal do que as mulheres cujas mães não tiveram o distúrbio.

    Além disso, a prevalência da doença entre aquelas que ficaram grávidas entre 1990 e 1992 foi de 17%. Na geração seguinte, esse índice passou para 25%, o que corresponde a um aumento de 47%. “Hoje, as mulheres grávidas relatam sentimentos frequentes de ‘pânico ou medo desnecessários’ e de ‘coisas ficando insuportáveis'”, por exemplo”, conta Anna Glezer, da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos. Ela ainda revela que um número maior de mulheres pode apresentar sintomas menos graves, mas que ainda são desagradáveis. 

    Fatores de risco

    Para Rebecca Pearson, principal autora do estudo, alguns fatores específicos podem estar impulsionando taxas mais altas de depressão na geração mais jovem, como o aumento da força de trabalho feminina, que pressiona as mulheres jovens a conciliarem família e carreira; e mídias sociais e internet, que podem provocar as comparações sociais e sobrecarga de informações.

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    Outros fatores importantes são as pressões financeiras, especialmente o preço da moradia e a necessidade de renda para manter o padrão de vida; menor apoio familiar e da comunidade, assim como maior pressão para a manutenção de relacionamentos amorosos bem sucedidos. “Nossos dados sugerem que os sintomas que impulsionam o aumento [da depressão] foram aqueles relacionados a sobrecarga, estresse e ansiedade, em vez de sentimentos de tristeza e desmotivação. Isso apóia as teorias de que é potencialmente uma consequência do mundo moderno acelerado”, comentou.

    Apesar do estudo ter sido realizado com mulheres que vivem na Inglaterra, Rebecca acredita que os resultados se apliquem a mulheres de diversos países, já que as taxas de depressão têm crescido ao longo no mundo inteiro.

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