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Ministério da Saúde recebeu estudo sobre ozônio para Covid-19

Pasta afirma que experimentos ainda são insuficientes para atestar eficácia da terapia

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 5 ago 2020, 12h01 - Publicado em 4 ago 2020, 16h55
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  • O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, recebeu nesta segunda-feira um grupo de defensores do uso do ozônio como uma forma complementar ao tratamento da Covid-19. A prática vem sendo implantada em ao menos três hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) localizados no Sul do país.

    O uso do ozônio para tratar o coronavírus ganhou notoriedade nesta semana após viralizar nas redes sociais um vídeo do prefeito de Itajaí (SC), Volnei Morastoni, defendendo a aplicação do gás pelo ânus como uma forma de conter o avanço da doença. O prefeito informou que vai oferecer o tratamento para pacientes infectados. Não há eficácia comprovada na técnica.

    Entre os presentes na comitiva pró-ozônio que foi ao Ministério da Saúde estavam o deputado Giovani Cherini (PL-RS), presidente da Frente Parlamentar em Defesa das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde e da Felicidade, e a médica Maria Emília Gadelha Serra, presidente da Sociedade Brasileira de Ozonioterapia Médica.

    A Pazuello, foram apresentados estudos que mostram a aplicação da ozonioterapia em países como China, Espanha e Itália. Conforme o material apresentado, os principais resultados são a melhora de gases nos pulmões e tecidos periféricos, a diminuição na necessidade de intubação e uma recuperação mais rápida em casos de pacientes já intubados.

    Os estudos brasileiros foram submetidos à Comissão Nacional de Ética em Pesquisa, vinculada ao Conselho Nacional de Saúde, e envolvem 30 pesquisadores em 21 centros de pesquisa no país.

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    “Há dois métodos. Um deles é tirar 100 ml de sangue e reintroduzi-lo, pelo mesmo acesso venoso, depois de ser ozonizado. O outro é a insuflação retal, uma técnica usada desde a década de 1980 e que visa reduzir a inflamação intestinal”, afirma a médica Maria Emília Gadelha, defensora da prática. “Especificamente em relação à insuflação retal, nós sabemos que existe muito preconceito sobre o uso. Mas é só preconceito. O intestino é considerado o segundo cérebro, e 60% dos linfócitos, que são as células que produzem anticorpos, estão na parede intestinal. Só pelo aspecto da melhoria imunológica já se justificaria utilizar a via retal”, adiciona.

    O Ministério da Saúde informou que os estudos são incipientes e fazem parte da curva de aprendizagem para o tratamento do coronavírus. Estão, portanto, ainda em fase de avaliação.

     

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