O ministro da Saúde Eduardo Pazuello disse no domingo, 17, que o início da vacinação contra a Covid-19 no Brasil não significa o relaxamento das medidas preventivas contra a doença. “Não podemos, em hipótese alguma, relaxar as medidas preventivas. Uso de máscara, álcool em gel na mão, distanciamento social, aglomerações e todas as medidas que a gente já conhece. As empresas e estabelecimentos que estão trabalhando, que têm autorização de trabalhar, e devem trabalhar porque a economia não deve parar, elas tem que estar com as suas medidas de trabalho e de cuidados muito claras”, alertou o ministro.
Segundo Pazuello, a CoronaVac demora cerca de 40 dias após a aplicação da primeira dose para gerar anticorpos protetivos contra a Covid-19. Então, “não é tomar a vacina e relaxar nas medidas preventivas”, disse ele, em coletiva de imprensa.
A vacina distribuída pelo Instituto Butantan demanda a aplicação de duas doses, com um período de 14 a 28 dias entre elas. Resultados de estudo clínico fase 3 mostraram que a vacina tem uma eficácia geral de 50,39% na prevenção da Covid-19. Por outro lado, ela se mostrou muito eficiente na prevenção de casos graves da doença. “A vacina do Butantan ela tem um objetivo para nós agora e esse objetivo é não deixar agravar. Ela não vai, talvez, pela eficácia, evitar que o cara pegue a doença. Ele pode ate pegar a doença, mas foi o que explicou o Jean [Jean Gorinchteyn, secretário de estado da Saúde de São Paulo] claramente em São Paulo, o agravamento da doença é que vai ser amenizado, fazendo com que a pessoa, mesmo que pegue a doença, não chegue a uma hospitalização”, disse Pazuello.
O ministro completou dizendo que tanto uma vacina que consiga evitar a transmissão da doença quanto uma que evite casos graves são importantes para o país neste momento.