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Não há vírus da febre amarela na capital do Rio, diz secretário

A afirmação do secretário Luiz Antônio Teixeira foi concedida no município onde foi registrada uma morte comprovadamente ocorrida por febre amarela

Por da Redação
Atualizado em 16 mar 2017, 17h11 - Publicado em 16 mar 2017, 16h45
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  • Não há evidências da circulação do vírus da febre amarela na capital do Rio de Janeiro, afirmou nesta quinta-feira o secretário estadual de Saúde Luiz Antônio Teixeira.

    Cinco macacos encontrados mortos em pontos de mata diferentes da cidade em outubro tiveram teste positivo feito pelo Instituto Evandro Chagas (IEC), no Pará. No entanto, novos exames, realizados pela Fundação Oswaldo Cruz no Rio, deram resultado negativo, informou o subsecretário de vigilância em Saúde da capital, Alexandre Schieppe. Ainda serão aplicados mais testes.

    Os dois secretários deram entrevista em Casimiro de Abreu, na Baixada Litorânea, município onde foi registrada uma morte comprovadamente por febre amarela, do morador Watila Santos, de 38 anos. Um parente dele, Alessandro Valença de 37, está internado com sintomas. Segundo os secretários, mais de 30 macacos foram encontrados mortos e testados desde então, e todos deram negativo para febre amarela.

    “Na mesma leva daqueles cinco macacos, tivemos 18 negativos. Desses, sete foram positivos para herpes. As arboviroses se cruzam, então o que nós tivemos foi provavelmente resultado com falso positivo”, avaliou Schieppe.

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    Como exemplo desse tipo de resultado errado, ele disse que o paciente Watila Santos chegou a fazer um exame que deu positivo para dengue, doença que ele não tinha. Em ambos os casos o vetor é o mosquito.

    Para as autoridades, outra evidência de que não há circulação do vírus na capital é o fato de não terem aparecido pessoas com febre amarela. Teixeira informou que a secretaria fez uma retestagem em amostras de sangue de casos inconclusivos para dengue, chikungunya e zika, realizados desde outubro, e todos deram negativos para febre amarela.

    O teste do IEC foi feito pela técnica de imuno-histoquímica. O da Fiocruz, pelo método de reação em cadeia da polimerase (PCR). “Além dos resultados dos exames, é preciso cruzar as informações epidemiológicas, como casos em humanos e novos casos de macacos e nada disso aconteceu”, explicou Schieppe.

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    Vacinação em Casimiro de Abreu
    Com a confirmação dos dois primeiros casos de febre amarela silvestre, com transmissão dentro do estado do Rio, no município de Casimiro de Abreu (Região da Baixada Litorânea), a secretaria estadual de Saúde anunciou, como medida imediata, a vacinação em 25 municípios estratégicos, nas regiões Norte, Noroeste, Serrana, dos Lagos e no entorno da reserva do Poço das Antas.

    O programa de vacinação será intensificado antes da chegada do reforço do Ministério da Saúde, previsto para 10 dias. O Ministério da Saúde vai disponibilizar 1 milhão de doses de vacinas, que serão entregues nesta quinta-feira 16 para a secretaria de Saúde do Estado, que fará a distribuição para os municípios.

    (Com Estadão Conteúdo)

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