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OMS suspende estudos com hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19

Decisão foi motivada por preocupações com a segurança da terapia após um grande estudo associá-la ao aumento de mortes por problemas cardíacos

Por Da redação
Atualizado em 25 Maio 2020, 17h49 - Publicado em 25 Maio 2020, 14h30

Nesta segunda-feira, 25, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou a suspensão dos testes clínicos com hidroxicloroquina no tratamento contra o coronavírus. A decisão foi motivada por preocupações em relação à segurança do medicamento após um grande estudo publicado na revista The Lancet associar a substância ao aumento de mortes por problemas cardíacos, como arritmia.

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“O Grupo Executivo implementou uma pausa temporária do braço da hidroxicloroquina no Estudo Solidariedade, enquanto os dados de segurança são revisados ​​pelo Conselho de Monitoramento de Segurança de Dados. […] Essa preocupação está relacionada ao uso de hidroxicloroquina e cloroquina contra a Covid-19. Desejo reiterar que esses medicamentos são geralmente considerados seguros para uso em pacientes com doenças autoimunes ou malária”, disse Tedros Ghebreyesus, diretor-geral da OMS em coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira, 25.

LEIA TAMBÉM: Como é o tratamento do novo coronavírus, dos cuidados em casa à UTI

A pesquisa, realizada pela Universidade Harvard com 96.032 pacientes internados por causa da Covid-19 em seis continentes entre dezembro de 2019 e abril deste ano mostrou que o uso de cloroquina e hidroxicloroquina no tratamento de pacientes infectados pelo novo coronavírus não traz nenhum benefício. Além disso, o tratamento está associado ao aumento do risco de arritmias cardíacas e de levar os pacientes a óbito.

Estudo Solidariedade

Em março, a OMS anunciou o início do estudo Solidariedade que avalia a eficácia de alguns tratamentos contra a Covid-19. Entre os compostos analisados estavam a cloroquina e a hidroxicloroquina, os antirretrovirais ritonavir e lopinavir, a combinação de antivirais com o interferon beta e o remdesivir. De acordo com a entidade, o estudo com os demais compostos seguirá normalmente.

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Segundo Ghebreyesus, a “revisão considerará os dados coletados até o momento no Estudo Solidariedade e, em particular, dados robustos disponíveis aleatoriamente, para avaliar adequadamente os possíveis benefícios e malefícios desse medicamento [cloroquina e hidroxicloroquina]”.

 

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