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Os brasileiros tomam pouca água, alerta estudo

Conheça também os mitos e as verdades sobre o sódio e o PH da água

Por da Redação
18 set 2017, 11h41

Que a ingestão diária de água é benéfica para a saúde, todo mundo sabe. Sendo o principal componente do corpo humano, mais do que que hidratar, a água atua como transportadora de nutrientes e resíduos, na termorregulação do corpo, entre outras muitas funções.

Mas, um estudo realizado entre 2008 e 2014 pela Danone Research, com 16.276 adultos, com idade entre 18 e 70 anos, de 13 países, incluindo o Brasil, mostrou que o hábito de tomar água está aquém do ideal.

Ingestão abaixo do recomendado

Os dados foram apresentados no último congresso da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (Sban). Dos 1.924 adultos e 779 crianças brasileiras de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife e Porto Alegre, apenas 58,2% cumpriram as recomendações da Autoridade Européia para a Segurança Alimentar (EFSA) para a ingestão total de líquidos: dois litros para homens e 1,6 litro para mulheres. Com relação às crianças e adolescentes brasileiros, mais de 30% não atenderam às recomendações da EFSA.

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Ao avaliar os tipos de bebidas consumidas, o papel dos sucos e líquidos açucarados foi de 32% do total de bebidas ingeridas – valor muito próximo ao percentual de ingestão de água (37%). Entre as crianças e adolescentes brasileiros, o consumo de sucos e bebidas açucaradas subiu para 41%, enquanto a de água caiu para 33%.

Predomínio das bebidas açucaradas

De forma geral, as bebidas açucaradas, incluindo refrigerantes, néctares e sucos artificiais forneceram, em média, 37%, 46% e 59% do total das calorias de crianças entre três e seis anos, sete e dez e 11 a 17 anos respectivamente. “É preciso conscientizar a população sobre a importância da água e, principalmente, ser prioridade ao oferecer líquidos para as crianças, em detrimento de sucos industrializados que contêm açúcar”, insiste Luis Moreno, professor da Universidade de Zaragoza e presidente da Sociedade Espanhola de Nutrição, que apresentou os dados durante o congresso.

pH ácido ou alcalino?

Apesar das evidências do baixo consumo hídrico pela população brasileira, outra discussão frequente é sobre a qualidade da água ingerida. Neste sentido, diversos mitos têm sido difundidos, como é o caso dos supostos benefícios das águas com pH alcalino.

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Ao entrar no corpo, a água passa pelo estômago, órgão com um pH ácido, entre 2,5 a 4,0. Ao sair do estômago, essa água passa pelo intestino, que atua em pH básico e, para neutralizar a acidez proveniente do estômago, o próprio intestino tem mecanismos para alcalinar esse conteúdo. Portanto, a água que será absorvida tem seu pH original alterado pelo organismo.

Água tem muito sódio?

Outro mito sobre a água está relacionado ao conteúdo de sódio. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a ingestão recomendada desse mineral é de 2.000 miligramas por dia.

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No consumo de dois litros de água por dia, o valor máximo de ingestão de sódio será de apenas 3,5% da recomendação total, ou seja, 70 miligrama. Diante dessa análise, o teor de sódio das águas não deveriam ser motivo de preocupação da população.

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