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Oxford: Anvisa libera participação de mais 5.000 brasileiros em testes

Com a permissão, o país terá ao todo 10.000 voluntários envolvidos nos ensaios clínicos da vacina

Por Mariana Rosário Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 15 set 2020, 18h10 - Publicado em 15 set 2020, 12h56
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  • A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou nesta terça-feira, 15, o recrutamento de mais 5.000 voluntários para os testes da vacina contra Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, em parceria com o laboratório Astrazeneca.

    A informação foi confirmada pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) nesta manhã. O recrutamento de voluntários e a aplicação do imunizante irão ocorrer em em Natal (RN), Porto Alegre e Santa Maria (RS). Não haverá divisão exata de quantos participantes serão selecionados em cada localidade, a ideia é preencher vagas até que a totalidade chegue a 5.000 pessoas.  A coordenação dos ensaios clínicos de fase 3 segue a cargo da Unifesp.

    Poderão participar dos testes adultos acima de 18 anos, que sejam profissionais da saúde atuantes diretamente no combate à Covid-19, além de trabalhadores expostos altamente ao risco de contaminação do vírus, como prestadores de serviços em unidades de saúde. Nesta nova leva foram incluídos voluntários com idade superior aos 60 anos. Deste modo é possível entender a ação do fármaco sobre esta faixa etária — uma das mais atingidas com gravidade pela infecção causada pelo novo coronavírus.

    LEIA TAMBÉM: Coronavírus: como estão as pesquisas em busca de um remédio específico

    Atualmente, já participam do estudo outros 5.000 voluntários em São Paulo, no Rio de Janeiro e na Bahia. Não há qualquer registro de participantes que sofreram efeitos adversos graves após o contato com o medicamento. Com a nova leva, o Brasil terá 10.000 pessoas nos ensaios clínicos.

    Pausa e retorno

    Há uma semana, a Astrazeneca anunciou a pausa dos testes globalmente após uma das voluntárias do estudo apresentar uma complicação neurológica grave. Um comitê para avaliar a relação do adoecimento com a ação do fármaco foi montado e, diante da avaliação científica, as entidades envolvidas anunciaram no sábado, 19, o retorno dos testes no Reino Unido assim como no Brasil.

    Os Estados Unidos, país também participante do estudo, ainda não retomou as atividades por ainda necessitar da liberação do orgão de controle de alimentos e medicamentos norte-americano, o FDA. Em resposta a VEJA, a farmacêutica Astrazeneca afirmou que segue em contato com a agência reguladora para organizar o restabelecimento dos testes. “Continuaremos a trabalhar com autoridades de saúde em todo o mundo, incluindo o FDA nos Estados Unidos, e seremos orientados sobre quando outros testes clínicos podem ser retomados para fornecer a vacina de forma ampla, equitativa e sem lucro durante esta pandemia”, diz a nota.

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