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Palavras cruzadas previnem Alzheimer? O que novo estudo revelou

Estimular o aprendizado e praticar novas habilidades são hábitos mais eficientes na prevenção da doença

Por Da Redação
2 ago 2017, 18h43
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  • Você já deve ter ouvido falar que praticar palavras cruzadas e jogos de lógica, como o Sudoku, ajudam a prevenir o Alzheimer. No entanto, de acordo com novo estudo do Conselho Global de Saúde do Cérebro (GCBH) , em parceria com a ONG Age UK, do Reino Unido, esses exercícios não reduzem os riscos de desenvolver a doença.

    “Quando as pessoas realizam com frequência jogos de lógica, elas tendem a melhorar nesse jogo especificamente. Mas a consequência é que se tornam mais fácil com o tempo. Logo, não há provas suficientes que indiquem que a melhora no desempenho desses jogos trará benefícios para as habilidades cognitivas do cotidiano”, afirmaram os pesquisadores.

    Entre as explicações, especialistas acreditam que muitas das empresas que comercializam esses jogos usam reivindicações exageradas sobre seus benefícios, que não são inteiramente comprovados para promovê-los.

    Nunca é tarde
    O Conselho, formado por cientistas internacionais e profissionais de saúde, em parceria com a ONG britânica, produziu um artigo sobre as melhores formas de estimular o cérebro e reduzir as chances de declínio cognitivo, que pode causar o Alzheimer e outras doenças neurodegenerativas.

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    Em vez de se dedicar a jogos de memória, os pesquisadores sugerem aprender coisas novas para exercitar a mente. De acordo com os autores do estudo, o conceito de que “cachorro velho não aprende truque novo” é apenas um mito.

    “Há muitas atividades que podemos começar hoje, que oferecem benefícios para a saúde cerebral. Se eles são novos para você e exigem concentração, podem até ser algo que você faz regularmente, como brincar com os netos, cuidar do jardim ou jogar cartas”, disse James Goodwin, cientista-chefe da Age UK, ao jornal on-line britânico The Telegraph.

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    Socializar e treinar novas habilidades, como cozinhar e praticar outras línguas, por exemplo, podem ser mais eficientes em manter o cérebro saudável. Já para aqueles que já são mentalmente ativos, trabalhos voluntários também podem ajudar, pois estimulam o senso de “propósito na vida”.

    O estudo alerta ainda para o fato de que não existem garantias sobre a saúde do cérebro e que as pessoas devem ser realistas quanto aos benefícios de qualquer exercício mental. Para os especialistas, entretanto, assumir que o declínio cognitivo é inevitável também seria um erro. Fazer listas e lembretes e ser paciente consigo mesmo são essenciais na terceira idade.

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