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Peste bubônica deixa Ceará em estado de alerta

A Secretaria de Saúde do Estado pede a vigilância em 42 cidades cearenses

Por da Redação
Atualizado em 13 jun 2017, 20h18 - Publicado em 13 jun 2017, 20h08
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  • Na tarde da segunda-feira, 12, um alerta para notificação imediata de peste bubônica foi emitido pela Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa).

    A doença é transmitida pela bactéria Yersinia Pestis, a mesma da peste negra, que matou milhões de pessoas na Europa durante a Idade Média. Essa bactéria tem como vetores pulgas de dezenas de espécies, sendo os principais hospedeiros roedores, como camundongos, ratos, capivaras e até porquinhos-da-índia.

    Os humanos não são os hospedeiros naturais, mas contraem a doença quando mordidos pelas pulgas infestadas nesses animais ou inalando ar contaminado. O contato com os roedores ocorre, segundo a secretaria, quando o homem invade os ecossistemas desses hospedeiros infectados em atividades de caça, agricultura, comércio ou lazer.

    De acordo com documento da Secretaria, os focos de peste são comuns em áreas de alta altitude, com temperatura mais amena e ar mais úmido.

    O último caso da doença no Estado foi confirmado em 2005, por exame sorológico, no município de Pedra Branca. A nota técnica da secretaria orienta vigilância em 42 cidades cearenses. As principais áreas de risco com foco de peste e, portanto, de importância para a vigilância estão localizadas nas Serras de Baturité, Serra do Macaco, Uruburetama, Pedra Branca, Ibiapaba, Matas e Chapada do Araripe, de acordo com nota da Secretária de Saúde do Ceará.

    Ainda que nenhum caso tenha sido efetivamente detectado, o órgão destaca que “a persistência desses focos deve ser considerada uma ameaça real e permanente de acometimento humano nessas regiões, que pode estender-se para outros lugares, inclusive centros urbanos, tornando-se imperativo que os técnicos de saúde estejam preparados para lidar com o problema”.

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    Ainda de acordo com o comunicado, os sintomas da peste bubônica são mal-estar, abatimento, dor de cabeça, dores no corpo, vômitos, pulso acelerado, arrepios de frio, febre alta, bubões. Já a peste pneumônica pode acarretar arrepios de frio, dor de cabeça intensa, delírio ou prostração absoluta, respiração ofegante, tosse frequente, escarro abundante e pulso acelerado.

    A Sesa define como caso suspeito um paciente sintomático ganglionar (manifestação de bubões ou adenite dolorosa) ou respiratório (manifestação de tosse, dispneia, dor no peito, escarro muco-sanguinolento) com febre e/ou mais dos sintomas: calafrios, cefaleia, dores no corpo, fraqueza, anorexia, hipotensão e/ou pulso rápido/irregular oriundo de zonas ativas de ocorrência da peste (1 a 10 dias).

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