Ainda que a duração da imunidade conferida pelas vacinas contra Covid-19 não esteja plenamente determinada — pois não houve tempo suficiente para avaliar completamente essa duração, bons resultados começam a sair das pranchetas dos especialistas por trás da pesquisa com esses imunizantes.
No Brasil, por exemplo, a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) — centro coordenador das análises com a vacina da Universidade de Oxford no país, foi detectado que os primeiros voluntários a receberem o antígeno, há nove meses, seguem com detecção positiva de anticorpos ao vírus no exame de sangue.
“É uma excelente notícia”, diz a reitora da instituição, Soraya Smaili. “Seguimos avaliando periodicamente os participantes e enviando resultados para a Universidade de Oxford. Apesar da vacina ter sido aprovada, nosso trabalho continua”, diz. Os voluntários que tomaram placebo na rodada de estudos já estão recebendo a vacina original para que também sejam imunizados. A primeira dose ocorreu em janeiro e a segunda deve ser aplicada em abril.
Imunização da Vacina de Oxford
A vacina de Oxford, desenvolvida em parceria com a farmacêutica AstraZeneca, é a principal aposta do governo para o Programa Nacional de Imunização. São por volta de 222 milhões de doses garantidas.
Enquanto isso, a Unifesp segue firme nos estudos com cerca de quinze medicamentos que possam comprometer a ação da doença no corpo humano. Um dos mais inovadores, ainda em laboratório, utiliza princípios ativos retirados do alho. Smaili, porém, alerta: “não é para ninguém sair comprando alho achando que estará se protegendo. O que estamos fazendo é um trabalho científico que utiliza derivados de um alimento, mas de maneira controlada, em laboratório”. Os primeiros achados acerca desse estudo apontam que ele inibe a ação do vírus, impedindo que ele se replique no corpo humano.
Confira os números da vacinação nos estados e no país atualizados até as 18h deste domingo, 14: