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Resiliência mental aumenta expectativa de vida em idosos, diz estudo

Pessoas com capacidade de se adaptar a circunstâncias desafiadoras tiveram 53% menos possibilidade de morrer; mulheres demonstraram associação mais forte

Por Ligia Moraes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 5 set 2024, 19h30
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  • A capacidade de enfrentar adversidades e se adaptar a circunstâncias desafiadoras está diretamente relacionada à redução do risco de morte em pessoas mais velhas, segundo um estudo recente publicado no  periódico BMJ Mental Health. A pesquisa, que analisou dados de mais de 10 mil adultos com idade superior a 50 anos, faz parte do levantamento Health and Retirement Study (HRS) dos Estados Unidos.

    Foi descoberta uma relação clara entre resiliência psicológica e a mortalidade. Durante o acompanhamento de 12 anos, constatou-se que quanto maior o nível de resiliência de uma pessoa, menor era seu risco de morte por qualquer causa. Aqueles que apresentavam maior pontuação em resiliência tinham 53% menos possibilidade de morrer em comparação com os que tinham menor pontuação. Mesmo ao considerar fatores como doenças crônicas e hábitos de vida, essa associação permaneceu estatisticamente significativa, embora um pouco atenuada.

    Os participantes foram divididos em quatro grupos, conforme suas pontuações em uma escala de resiliência validada. As probabilidades de sobrevivência em dez anos variavam de 61% para aqueles com menor resiliência a 84% para os que possuíam maior resiliência. O estudo mostrou que as mulheres, em particular, tiveram uma associação mais forte entre a resiliência e a longevidade em comparação com os homens.

    Qual é a importância dessa descoberta?

    Esses resultados são significativos porque sugerem que promover a resiliência mental pode ser uma estratégia para reduzir a mortalidade, especialmente entre os mais velhos. A resiliência não só ajuda a lidar com o estresse e as adversidades da vida, como também parece ter, segundo o estudo, um efeito protetor contra doenças graves, mesmo quando outros fatores de risco estão presentes.

    A descoberta reforça a ideia de que a saúde mental é tão importante quanto a saúde física e que esforços para fortalecer a capacidade de resiliência, como terapias psicológicas e programas de apoio social, podem desempenhar um papel crucial na melhoria da qualidade de vida e na longevidade. Ao lidar melhor com as adversidades, os idosos podem não só viver mais, mas também viver de forma mais saudável.

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