Em reunião como Ministério da Saúde neste sábado, 22, a prefeitura de São Paulo propôs um protocolo para evitar que a variante indiana da Covid-19, recentemente confirmada no Brasil, circulem na maior cidade do país. As ações, expostas pelo secretário de Saúde, Edson Aparecido, ao ministro Marcelo Querioga, prevê barreiras sanitárias sejam feitas em aeroportos, rodoviárias e rodovias.
Entre as medidas propostas estão aexigência de teste negativo para Covid do tipo RT-PCR para passageiros que cheguem a São Paulo vindos de voos do Maranhão, que identificou nesta semana a variante do vírus, ou da Argentina, que também tem casos confirmados da nova cepa. A exigência deve valer nos aeroportos de Congonhas e Campo de Marte, na capital paulista, e Cumbica, em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo. As medidas devem valer a partir da próxima segunda-feira, 24.
Também foi sugerida a busca por pacientes sintomáticos em rodoviárias, que serão encaminhados para unidades de saúde próximas para a realização de teste RT-PCR. Caso o teste seja positivo, a pessoa deverá ser isolada e monitorada por dez dias. A medida contaria com parceria da Polícia Rodoviária Federal para triagem por parte das equipes de saúde na busca de sintomáticos, com medição de temperatura, no Terminal Rodoviário do Tietê e nas rodovias federais Fernão Dias e Presidente Dutra.
Além de Queiroga e Aparecido, Também participaram da reunião deste sábado representantes da Secretaria Estadual de Saúde, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o prefeito de Guarulhos, Gustavo Henric Costa (PSD).
Em nota, a prefeitura de São Paulo diz que o ministro Marcelo Queiroga estuda estender as medidas de São Paulo para âmbito nacional “por meio de um trabalho conjunto e articulado entre a Anvisa e as vigilâncias locais para o enfrentamento da pandemia no país, em especial com a circulação da variante indiana”. Ainda de acordo com a administração municipal, até o momento não foram identificados casos da variável indiana no município.
Restrições
Desde o último dia 14, o Ministério da Saúde proibiu a entrada no Brasil de passageiros voos vindos do Reino Unido, Irlanda do Norte, África do Sul e Índia. Esses países já tiveram variantes da Covid-19 identificadas, e a intenção é conter novas cepas do vírus no país. A exceção, em relação aos voos são brasileiros e estrangeiros residentes no país.
Na quinta-feira, o Maranhão confirmou o registro dos primeiros casos no Brasil da variante indiana, a B.1.617. Eles foram confirmados em seis tripulantes do navio MV Shandong da Zhi, que veio da África do Sul, testaram positivo para a doença, com a nova cepa. A variante identificada na Índia em dezembro é considerada uma preocupação global pela Organização Mundial da Saúde devido à suas mutações, que indicam maior transmissibilidade.