O primeiro caso do novo coronavírus no Rio de Janeiro foi registrado nesta quinta-feira, 6. A mulher, de 27 anos, é moradora de Barra Mansa, no Sul Fluminense, e viajou para a Itália e a Alemanha entre os dias 9 e 23 de fevereiro. Os primeiros sintomas apresentados pela paciente, tosse e coriza, iniciaram no dia 17 de fevereiro. A vítima deu entrada em um hospital no domingo, 1º de março, e a Fiocruz confirmou o caso. Apesar de estar em isolamento domiciliar, o quadro da paciente é estável. O marido dela, que a acompanhou na viagem para a Europa, está sendo monitorado.
Além dele, outros 78 casos suspeitos são monitorados pela secretaria de Saúde do Rio. O titular da pasta, Edmar Santos, afirmou em coletiva de imprensa que, apesar da confirmação, o estado continua no Nível Zero do plano de contingência. “Não há qualquer indício de que há a circulação do vírus no estado. Trata-se de um caso importado. Vamos continuar informando a população para evitar a propagação de fake news”, afirmou Santos.
Segundo a secretaria, o voo que trouxe a paciente já foi identificado e o Centro de Informação Estratégica em Vigilância e Saúde (Cievs) já entrou em contato com a Anvisa para localizar passageiros que sentaram ao redor dela na aeronave com destino ao Brasil. Ao todo, há casos suspeitos em Duque de Caxias (2), Itaboraí (1), Macaé (2), Maricá (3), Niterói (11), Nova Friburgo (1), Nova Iguaçu (2), Petrópolis (3), Resende (1), Rio das Flores (1), Rio de Janeiro (38), São Gonçalo (3), Teresópolis (1), Valença (1), Volta Redonda (1). Há ainda um residente de outro estado brasileiro e sete estrangeiros sendo monitorados.
Este é o oitavo caso confirmado no Brasil. O Ministério da Saúde confirmou ainda um caso de coronavírus no estado do Espírito Santo e seis em São Paulo. Ao todo 636 casos suspeitos são monitorados pela pasta. Na última sexta, 27, Santos afirmou que o plano de contingencia foi desenhado em parceria com secretarias municipais de Saúde e o setor privado, no dia 31 de janeiro.
A exemplo da China, o governo anunciou a inauguração de um hospital com 75 leitos entre 30 e 40 dias. “Mais para frente, vamos inaugurar uma ala de vinte leitos em um hospital estadual para os pacientes diagnosticados. Quem não estiver com infecção grave deverá fazer tratamento domiciliar”, disse Santos.