Você é o tipo de pessoa extremamente cuidadosa ao tocar maçanetas, corrimãos e objetos em áreas públicas? Ou não sabe andar sem álcool em gel na bolsa e lava as mãos sempre que possível? Bem, aqui vai uma má notícia (que talvez você já saiba): o seu escritório — onde você passa várias horas do seu dia — também está cheio de germes.
Esses micro-organismos podem contaminar um indivíduo através do contato direto (conversas com colegas doentes, troca de beijinhos na bochecha ou quando alguém espirra bem perto do seu rosto) ou de maneira indireta (quando alguém doente toca um objeto, como a maçaneta da porta ou o botão do elevador, e você toca a área contaminada e depois leva a mão à boca, olhos, nariz ou fissuras na pele). Felizmente, o risco de contaminação pode ser reduzido com a simples higienização das mãos.
Para te ajudar a identificar os locais do escritório que oferecem maior risco à saúde, o site especializado Time Health preparou uma lista com os cinco locais do escritório onde há maior concentração de bactérias. Confira:
Teclado e mouse
Às vezes por sermos os únicos a utilizar o nosso teclado do escritório, nos sentimos mais seguros ao tocá-lo. No entanto, segundo estudo publicado no American Journal of Microbiology, este equipamento está sim contaminado por uma variedade de micro-organismos que podem causar doenças. Os pesquisadores analisaram 250 teclados diferentes e descobriram germes em todos eles, sem exceção.
Outra pesquisa revelou que a quantidade de micróbios vivendo nos teclados e mouses é tão alta que se as mãos de uma pessoa forem contaminadas, esse indivíduo pode se tornar um transmissor de doenças em potencial. Para evitar que isso aconteça, especialistas aconselham limpar os acessórios do computador diariamente com um pano desinfetante, o que ajuda a reduzir o número de germes.
Telefones
Celular
Já sabemos que os nossos celulares estão cobertos de germes. Embora a maioria deles seja inofensiva para a saúde, estudos descobriram que versões perigosas como Streptococcus, Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA, na sigla em inglês) e Escherichia Coli podem aparecer. Portanto, mantenha o aparelho sempre limpo.
A frequência da higienização depende da forma como os indivíduos lidam com os dispositivos no cotidiano. Pessoas que costumam utilizar o telefone no transporte público ou durante as refeições precisam limpá-lo pelo menos duas vezes ao dia. Quem não costuma usar celulares em lugares com maior incidência de germes ou evita utilizá-los durante as refeições não precisa ser tão diligente com a limpeza, embora seja recomendado fazê-lo pelo menos uma vez ao dia para prevenir a contaminação. Além disso, as capinhas de borracha, muito populares como ferramenta para proteger o celular contra quedas, acumulam muitas bactérias e também precisam ser limpas com frequência.
A higienização deve ser feita com desinfetante, o ideal é borrifá-lo em um pano limpo ou em toalha de papel. Passe-o sobre o celular, não esquecendo de cada cantinho do aparelho. Nunca pulverize o produto diretamente no dispositivo, que deve estar desligado.
Telefone fixo
Apesar da popularidade do celular, os telefones fixos compartilhados — especialmente os presentes nas salas de conferência — podem representar maior ameaça à saúde, já que são utilizados por várias pessoas e raramente são limpos. “Qualquer coisa em um escritório que é tocada por vários indivíduos ao longo do dia poderia ser um culpado, alertou Philip Tierno, diretor de microbiologia e imunologia da Universidade de Nova York, nos Estados Unidos, à Time Health.
Talvez você queira, sempre que possível, limpar o telefone antes de usá-lo.
Portas
As maçanetas das portas são uma fonte comum de contaminação indireta. Entretanto, a quantidade de bactérias vai depender do material da maçaneta: se for de metal, como cobre, zinco ou níquel, e não estiver pintada, o número de moradores microbianos pode ser bem menor. Ainda assim, é aconselhável lavar as mãos depois de tocar as maçanetas ou, em casos de emergência, usar a manga da camisa para tocá-las.
Elevadores e corrimãos
Segundo Tierno, os botões dos elevadores e os corrimãos das escadas (fixas ou rolantes) abrigam altos números de bactérias por causa da quantidade de pessoas que os tocam diariamente. Estudo publicado na revista Open Medicine descobriu que 61% dos botões de elevador podem estar contaminados com bactérias; valor maior do que o registrado em banheiros (43%), que costumam ser limpos regularmente.
Assim como no caso da maçaneta, o material utilizado na confecção do corrimão da escada pode determinar a quantidade de bactérias presentes: em escadas fixas, os corrimões geralmente são feitos de metal, o que pode reduzir os germes. Já nas escadas rolantes podemos encontrar um número maior já que são feitas de borracha, ambiente propício para a proliferação de micróbios.
Copos de café
Por essa você talvez não esperasse. Mas a verdade é que as xícaras de café disponíveis para uso compartilhado podem servir de abrigo para muitos germes, que vêm de lugares nada higiênicos (banheiros, por exemplo). Uma pesquisa realizada pelo Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês) descobriu que cerca de 20% das xícaras de café do escritório abrigavam bactérias de fezes. Para evitar esse risco, leve a sua própria xícara e não a lave usando a esponja de louças compartilhada.
Lave as mãos
O risco de contaminação pode ser reduzido apenas com a higienização das mãos, que deve ser feita cuidadosamente, incluindo entre os dedos, parte superior das mãos e debaixo das unhas (esse processo deve levar de 15 a 20 segundos). Também é válido manter um potinho de álcool em gel por perto para usar em casos emergenciais.