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Suspeita de câncer no pulmão era brinquedo aspirado há 40 anos

O paciente, um britânico de 47 anos, sofria com excesso de muco e tosse há mais de um ano, mas o "tumor" se tratava, na verdade, de um cone de brinquedo

Por Da Redação
Atualizado em 27 set 2017, 22h05 - Publicado em 27 set 2017, 16h35

Como você se sentiria se descobrisse que a massa estranha encontrada em seu pulmão era apenas um cone de brinquedo engolido na infância? Pois foi exatamente o que aconteceu com um carteiro da cidade de Preston, na Inglaterra. O homem, de 47 anos, procurou um médico após apresentar tosse forte e excesso de muco amarelado por mais de um ano, sintomas que indicam câncer de pulmão. Como ele era fumante, as suspeitas da doença ficaram ainda mais fortes.

Objeto estranho

No primeiro exame, um raio-X, os especialistas identificaram uma massa estranha. Em seguida, eles realizaram uma broncoscopia para confirmar o diagnóstico. Foi quando eles descobriram que o ‘tumor’ era na verdade um “cone de trânsito” de brinquedo, com cerca de um centímetro, alojado nas vias aéreas do paciente. O objeto foi removido e os sintomas, associados anteriormente ao câncer, melhoraram quatro meses depois. O caso foi publicado no periódico científico BMJ.

Cone de trânsito de brinquedo aparece em raio-x como suspeita de câncer de pulmão
Cone de trânsito de brinquedo aparece em raio-x como suspeita de câncer de pulmão (BMJ Case Reports/Divulgação)

Brinquedo da infância

Quando o brinquedo foi identificado, o paciente se lembrou que ganhou um Playmobil aos sete anos e que costumava brincar com os bonecos e seus utensílios na infância, quando provavelmente aspirou uma das peças de sua coleção. O ato é recorrente entre as crianças, que costumam levar objetos à boca e ao nariz.

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“Ele lembrou ter ganhado um conjunto de presente no aniversário de sete anos, e acredita ter aspirado o cone logo depois”, disseram os médicos no artigo. 

Adaptação

Esse é o primeiro caso relatado em que um objeto permanece por tanto tempo no pulmão de um paciente. Segundo os médicos, é incomum a manifestação de sintomas 40 anos após o incidente. “Provavelmente, pelo fato da aspiração ter ocorrido na infância as vias aéreas foram capazes de se remodelarem e se adaptarem à presença deste corpo estranho.” 

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