Vacina bivalente da Moderna contra Covid tem registro definitivo da Anvisa
Imunizante é indicado apenas como dose de reforço para população com 6 anos ou mais; Spikevax recebeu autorização em 38 países

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou nesta segunda-feira, 26, que aprovou o registro definitivo da vacina bivalente da Moderna contra a Covid-19. O imunizante, autorizado em 38 países, utiliza a tecnologia de RNA mensageiro (mRNA) e protege contra a cepa original do novo coronavírus e a variante de preocupação ômicron, dominante no mundo. Segundo a agência, a vacina poderá ser usada apenas como dose de reforço na população com 6 anos ou mais.
Com a liberação, a vacina se torna a primeira versão bivalente aprovada no país a ter o registro definitivo. O pedido foi feito em janeiro deste ano. A agência ainda analisa a solicitação feita pela farmacêutica Pfizer e informou que o processo está em fase final.
Além da cepa original, a vacina protege contra as sublinhagens BA.4 e BA.5 da variante ômicron. Testes da empresa de biotecnologia, apresentados quando a vacina foi anunciada no ano passado, apontaram que a versão bivalente tinha um potencial de aumentar em oito vezes a produção de anticorpos neutralizantes contra a variante ômicron.
“Estamos muito satisfeitos em cumprir esta última etapa, após submeter todos os documentos e informações necessárias para a avaliação e validação desta vacina bivalente pela Anvisa, e poder em breve proporcionar à população brasileira o acesso a uma imunização eficaz com tecnologia de mRNA em sua concepção”, destaca Alexandre Seraphim, CEO da Adium no Brasil, representante da Moderna no país.
Em nota, a Adium disse que os próximos passos a serem adotados, diante da aprovação, é realizar a definição do preço da vacina pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) e submeter o imunizante à análise pela Comissão Nacional de Incorporação de Novas Tecnologias no Sistema Único de Saúde (CONITEC) para verificar a possibilidade de incorporação no SUS.