A fortuna dos super-ricos tem uma diferença: a origem do dinheiro
Na Europa, o dinheiro dos bilionários vem da herança de empresas. Nos Estados Unidos, de empreendedores e executivos
Cerca de 7 milhões de pessoas que compõem o 1% dos mais ricos do mundo ficaram com 82% de toda riqueza global produzida em 2017, aponta um estudo divulgado na segunda-feira 22, pela organização não-governamental britânica Oxfam, antes do Fórum Econômico Mundial, que ocorre em Davos, na Suíça.
O grupo mais VIP, onde estão as pessoas com fortunas acima de 1 bilhão de dólares, chegou ao número de 2 043. Sem novidades, Estados Unidos e Europa concentram a maior parte desses, mas com a diferença de que a origem do dinheiro não é a mesma.
Um relatório publicado em 2016, pelo centro de pesquisas econômicas Peterson Institute, mostra que os americanos são bem mais dinâmicos na hora de conseguir os seus bilhões. A maioria deles é formada principalmente por fundadores de empresas, em especial do setor de tecnologia, e por investidores do mercado financeiro.
Na Europa, mais da metade dos bilionários é herdeira de grandes fortunas. A diferença se reflete no perfil das companhias responsáveis por criar tais riquezas. Uma grande empresa na Europa tem, em média, 20 anos a mais do que uma nos Estados Unidos.