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Review: ‘God of War Ragnarok’ é forte candidato a jogo do ano

Continuação direta de "God of War", de 2018, novo game é mais ambicioso, conta com história envolvente e jogabilidade aprimorada

Por André Sollitto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 11 nov 2022, 19h32 - Publicado em 8 nov 2022, 18h59

É impossível falar do novo God of War Ragnarok, disponível a partir de hoje para os consoles PlayStation, sem fazer comparações com God of War, de 2018. A franquia que acompanha Kratos, o matador de deuses, passou por uma renovação há quatro anos, quando voltou o olhar para a mitologia nórdica, em vez da grega, e transformou a jornada do protagonista em uma aventura familiar. Acompanhado pelo filho, Atreus, ele precisou aprender um bocado sobre paternidade enquanto brandia seu machado contra inimigos variados. Foi um divisor de águas que entrou em todas as listas de maiores lançamentos daquele ano por causa do belo visual, história cativante e ótima jogabilidade. Portanto, as comparações são inevitáveis. Afinal, as expectativas são altas.

A história começa três anos após os eventos do game anterior. Embora seja possível acompanhar o novo título sem ter jogado God of War de 2018, perde-se muito. Conhecer a trama até o ponto atual ajuda a entender as motivações dos personagens. Logo nos primeiros minutos uma sequência faz referência direta aos eventos anteriores, e o jogador que chega agora pode ficar perdido.

O visual, de cara, chama atenção. A direção de arte, que conta com a supervisão impecável do brasileiro Rafael Grassetti, é um show. O game anterior, embora tenha sido lançado há quatro anos, ainda impressiona. O atual leva o cuidado com os detalhes a um nível ainda mais preciso, graças às novas tecnologias. As texturas, dos pelos dos animais ao couro das vestimentas, estão mais realistas, bem como a movimentação dos personagens. Tudo é feito com esmero e o resultado é um dos títulos mais bonitos da nova geração de consoles. A estratégia de apresentar o game como um único plano-sequência, a mesma usada no game de 2018, aparece aqui. E o impacto se mantém. As transições entre animações e as sequências controladas pelo jogador mostram o tamanho do planejamento envolvido na realização do game.

 

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Cena de “God of War Ragnarok” – (Playstation/Divulgação)

O estilo de combate do jogo anterior também está presente, com algumas pequenas modificações – nenhuma delas muito drástica, ainda bem. Kratos já começa com as duas armas, o machado e as lâminas, que continuam úteis para resolver os quebra-cabeças. É fácil alternar entre ambas durante as lutas em busca de vantagem. À medida que o jogador avança na história e ganha experiência, movimentos especiais podem ser adquiridos. Aqui, o sistema de personalização é mais completo que o anterior, permitindo uma adaptação aos diferentes estilos de jogo. Por fim, o controle DualSense, com seus gatilhos ajustáveis e microfone embutido, responde de forma satisfatória durante o combate e em outros momentos.

Há uma variedade maior de inimigos, tanto aqueles que aparecem em situações regulares quanto os chefões. Essa é uma das boas mudanças em relação ao game de 2018. Muitos dos chefes eram iguais, com os mesmos movimentos e fraquezas, e já no final podiam ficar um pouco entediantes. Aqui, é preciso se esforçar para enfrentá-los ao longo de toda a campanha.

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A história de Ragnarok é quase tão boa quanto a de God of War, de 2018. E isso é dizer muito. O título anterior é um dos mais bem escritos dos últimos tempos, retratando os dois protagonistas em conflito, e a relação que se desenvolve entre eles é tocante. Aqui, a dinâmica é outra. Atreus está mais velho, mais seguro e rebelde, e Kratos assumiu de vez o papel de pai protetor. A aventura começa quando Atreus quer sair em busca de respostas e Kratos, relutante, concorda. Os deuses nórdicos têm um papel muito mais determinante na trama, incluindo participações de alguns dos mais conhecidos deles. Outros coadjuvantes, como os anões Brok e Sindri e a cabeça falante Mimir estão de volta. A trama é bem mais ambiciosa em escopo e quantidade de personagens, e isso pode atrapalhar um pouco a compreensão em alguns momentos. Mas não chega a ser algo que incomoda.

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Cena de “God of War Ragnarok” – (Playstation/Divulgação)

Em muitos momentos do jogo o avanço pela história e pelos diferentes reinos é feito de forma cadenciada e contínua. Não há nenhuma área tão grande quanto o Lago dos Nove, espaço central do game anterior, mas cada região diferente tem visual, detalhes e quebra-cabeças próprios, o que torna a experiência de descobrir ou redescobrir cada um deles bastante agradável. Revisitá-los, no entanto, é menos prazeroso, e voltar para resolver algum puzzle diferente ou abrir uma câmera usando novos poderes pode ser mais complicado, e talvez algumas coisas acabem ficando para trás.

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Ragnarok é um game longo que requer mais de 40 horas para ser concluído. Mas a dedicação do jogador é recompensada. A história é envolvente e gera uma empatia com os personagens. O combate é exigente, talvez até mais do que o título anterior, com comandos precisos e uma ampla personalização. E o visual é uma das grandes experiências que a nova geração de consoles proporciona. Um trabalho cuidadoso do estúdio Santa Monica, que conseguiu atender às altas expectativas após o sucesso de God of War. Forte candidato a jogo do ano.

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