Venda de tablets cai no Brasil
Em relação a 2015, 2016 registrou uma queda de 32% no total de unidades vendidas; no mundo, a baixa foi de 15,6%
A venda de tablets caiu pelo segundo ano consecutivo no Brasil, de acordo com a IDC, empresa de consultoria e pesquisa de mercado. De um ano para o outro, foi registrada uma queda de 32% na quantidade de aparelhos comercializados; e tudo indica que o cenário não deve se recuperar neste ano.
Segundo a IDC, em 2015 foram vendidas 5,8 milhões de unidades. Já em 2016, a comercialização alcançou 4 milhões de exemplares. Ou seja, no prazo de um ano, ocorreu uma redução de 32% no volume.
Os dados atuais acendem um sinal de alerta, quando se toma por referência, também, os números de 2014. No período em questão, a venda de tablets no Brasil alcançou incríveis 9,5 milhões de unidades. Isso significa que, de 2014 para cá, o mercado viu a comercialização dos portáteis despencar para menos da metade do total registrado naquele ano. E não é apenas no Brasil que o setor esfriou. De acordo com a IDC, em 2016 as vendas de tablets no mundo caiu 15,6% em relação ao ano anterior.
As projeções de venda para 2017 não animam. Para a empresa, o mercado deve continuar em declínio. Uma vez que a previsão de vendas para o setor é de 3,7 milhões de tablets, número ainda menor que no ano passado. Confira no gráfico:
Mas por que os tablets não têm mais dado certo?
Os smartphones roubaram a cena de vez, e tiraram o espaço dos tablets.
Inicialmente, os tablets foram criados para ser um computador de mão, portátil e simples de carregar, que traria para a palma do consumidor tudo o que o desktop oferece. Com o desenvolvimento dos smartphones, contudo, não é mais necessário ter um tablet para ter acesso a essas funções. É possível realizar todas as tarefas pelo aparelho celular.
Além disso, um dos motivos pelo qual os tablets se popularizaram foi o tamanho da telas. Por serem maiores, eram uma alternativa aos celulares, que até então eram menores. No entanto, as telas dos smartphones aumentaram e passaram a concorrer com uma característica até então ‘exclusiva’ dos computadores de mão. E os celulares inteligentes, mais uma vez, levaram a melhor.