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Vídeo: pane faz nosso Fiat Pulse Hybrid não funcionar como um híbrido

O Pulse Hybrid passou dias sem nenhuma atuação do sistema elétrico na tração, mas voltou a funcionar. Um problema intermitente, à espera de solução.

Por ricardo.junior Atualizado em 26 mar 2025, 17h11 - Publicado em 26 mar 2025, 15h19

Nosso Fiat Pulse Hybrid foi apenas um Pulse 1.0 turbo comum durante boa parte do seu primeiro mês de teste: o prometido impulso elétrico que assistiria o motor a combustão simplesmente deixou de funcionar, sem nenhum alerta ou indicativo de pane.

Quem notou foi o repórter Nicolas Tavares, que ficou com o Pulse durante as festas de fim de ano. “Aproveitei a semana do Natal para fazer um bate e volta até São José dos Campos (SP). Como havia avaliado o Fastback Hybrid, queria sentir as diferenças do sistema MHEV agora no Pulse”, diz Nicolas. Porém, o carro tinha outros planos.

“Nos quase 240 km rodados no total, o motor elétrico funcionou pouquíssimas vezes. Nos dias seguintes, simplesmente não houve nenhum impulso elétrico assistindo o motor 1.0 nas condições onde isso poderia acontecer. O painel mostrava apenas a regeneração de energia e a aproximadamente um terço de sua capacidade total de recuperação. Além disso, o indicador da carga da bateria de lítio ficou travado no máximo”, afirma o repórter.

O BSG, como é chamado o motor alternador do sistema híbrido leve, ficou 23 dias e cerca de 400 km no seu próprio recesso. Depois que o carro regressou à frota, nos revezamos para rodar, na estrada e na cidade, na tentativa de entender qual seria o problema. Abastecemos, com a esperança de isso corrigir algum parâmetro do carro. Mas foi em vão. Só conseguimos observar, por meio do computador de bordo, que a quantidade de energia que estava sendo recuperada estava muito aquém do normal.

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Na sequência, ouvimos relatos de colegas jornalistas que passaram pela mesma situação com carros de frota da fábrica, e encontramos reclamações de proprietários de Pulse e Fastback Hybrid no Reclame Aqui e em grupos do Facebook.

Ligamos, então, na Fiat Sinal Vila Sônia, que recomendou levar o carro à tarde, “quando o movimento da oficina está mais tranquilo”.

“O chefe da oficina foi atencioso, deu uma volta no carro comigo e tentou fazer o BSG funcionar. Porém, mostrou um pouco de despreparo, pois o motor gerador não ligou. Mas, mesmo assim, ele disse ser normal”, conta Nicolas.

“Demos uma volta no Pulse de test-drive, um Impetus como o nosso, no mesmo trajeto e o carro da concessionária também não acionou o sistema, o que endossou a afirmação do funcionário de que nosso carro é normal”, relatou Nicolas.

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Pela proximidade, tentamos a Sinal Butantã e, logo ao contar o que estava acontecendo, o atendente do pós-venda revelou que estava ciente sobre este tipo de problema e pediu que retornássemos no dia seguinte para tentar encaixar uma avaliação. Voltamos, mas não havia agenda e a próxima oportunidade seria para dali a 12 dias, “por conta das férias dos funcionários”.

Ao mesmo tempo, o colaborador Waldez Carmo Amorim teve acesso a um boletim interno da Fiat para a rede descrito como “Lamentação veículo não funciona o auxílio híbrido”. Segundo o documento, a causa estaria na bateria de chumbo (ao lado do motor), com carga abaixo de 80%, sendo que o boletim diz que o correto funcionamento do carro depende da bateria de lítio estar com pelo menos 30% de carga e a de chumbo com pelo menos 80%.

Ainda de acordo com o comunicado, o mecânico deveria checar isso no carro, desconectar a bateria de chumbo e proceder com seu carregamento. Depois é preciso realizar o aprendizado do sensor IBS, que monitora carga e consumo da bateria. Justamente por isso, no manual a Fiat diz que o sensor IBS nunca pode ser desconectado do polo negativo, a não ser para a troca da mesma e, em caso de partida com bateria externa, “chupeta”, o cabo negativo tem que ser colocado em um ponto de massa do carro e não na bateria. Por fim, é preciso fazer um teste de rodagem.

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Ficou claro que nosso carro tinha um problema. Iniciamos a busca por uma data mais próxima em outras concessionárias. Tentamos com Ventuno e Savol, e encontramos em uma terceira Sinal, na Vila Mariana, dali a três dias. Na véspera do agendamento, porém, o sistema híbrido voltou a funcionar.

“Chegou uma hora que eu fui dar uma pisadinha para ver se o sistema estava funcionando, e foi aí que eu senti o carro embalando, ganhando força, sem mudança na rotação do motor 1.0, enquanto a barrinha correspondente à atuação elétrica voltou a acender e a bateria de lítio voltou a ser consumida”, comemorou o repórter João Vitor Ferreira. Aparentemente, a bateria de chumbo conseguiu ser recarregada pela regeneração ou pela bateria de lítio, um chaveamento que o próprio carro faz.

Antes de levar o carro à concessionária, ligamos para dizer que ele havia ficado normal e se ainda assim seria possível averiguar o que houve. Disseram para observar o funcionamento e agendar novamente caso o mesmo problema volte a se manifestar. 

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Desdobramentos

Nossa intenção era gravar o vídeo com o sistema híbrido do nosso carro funcionando normalmente. Mas o Fiat Pulse tinha outros planos: bastou ficar parado por um dia para o impulso elétrico deixar de funcionar novamente.

Durante a gravação do vídeo, porém, nossa equipe encontrou um vídeo recém-publicado pelo canal “Três e meio”, de um proprietário que relata que seu Pulse Hybrid teve o mesmo problema. O desfecho, porém, foi diferente; a concessionária fez uma atualização eletrônica no carro e isso corrigiu a pane no sistema híbrido.

Se você tem um Fiat Pulse ou Fastback híbrido e percebeu que não há qualquer ajuda do motor elétrico e o indicador sempre mostra a bateria com carga completa, é porque está em pane. Não há qualquer alerta do carro que indique isso. Então vale agendar o serviço na concessionária para garantir que o carro tenha consumo menor e suas emissões reduzidas, como prometido.

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Fiat Pulse – 800 km

Versão: Impetus T200 Hybrid
Motor: 3 cil., diant., transv., 999 cm3, 12 V, aspirado, 130/125 cv a 5.750 rpm, 20,4 kgfm a 1.750 rpm
Câmbio: automático, CVT, 7 marchas, tração dianteira
Seguro: R$ 1.425 (Perfil Quatro Rodas)
Revisões:
Até 100.000 km: R$ 8.622
Gastos no mês: Combustível: R$ 263,87
Combustível: flex (gasolina)
Consumo: No mês: 15,4 km/l com 80% de
rodagem na cidadeDesde dez/24:
15,4 km/l com 80% de rodagem na cidade

 

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