O Youtube, do Google, excluiu cerca de 5 milhões de vídeos de sua plataforma por violações da política de conteúdo no quarto trimestre antes de qualquer visualização, informou a empresa em relatório que destacou sua resposta à pressão para melhorar o policiamento da comunidade online.
O aplicativo tem sido criticado por governos, que dizem que a plataforma não faz o suficiente para remover conteúdo extremista, e por anunciantes, como a P&G e a Under Armour, que chegaram a boicotar o serviço quando anúncios foram publicados ao lado de vídeos considerados inadequados pelas empresas.
No relatório, o Youtube afirmou que a aplicação automatizada por meio do software “está valendo a pena” em remoções mais rápidas. A empresa informou também que não possui dados comparáveis de trimestres anteriores e que ainda precisava de uma equipe interna de humanos para verificar as descobertas automatizadas em mais 1,6 milhão de vídeos que foram removidos depois que somente alguns usuários visualizaram.
O sistema automatizado não identificou outros 1,6 milhão de vídeos que o Youtube desativou depois que foram denunciados por usuários, organizações ativistas e governos. “Eles ainda têm muito trabalho a fazer, mas devem ser elogiados nesse período”, afirmou Paul Barrett, que tem observado o Youtube como vice-diretor do Centro Stern de Empresas e Direitos Humanos da Universidade de Nova York.
O Facebook também informou que removeu ou colocou um selo de advertência em 1,9 milhão de conteúdos extremistas relacionados ao Estado Islâmico ou à al-Qaeda nos primeiros três meses do ano, ou quase o dobro do número do trimestre anterior.
Corrigir vídeos problemáticos, seja por meio de seres humanos ou máquinas, poderia ajudar o Youtube, um dos principais geradores de receita do Google, a impedir a regulamentação e garantir o sucesso de vendas. Por enquanto, os analistas dizem que a demanda por anúncios no Youtube continua robusta.