‘Meu Ex É um Espião’: uma comédia quase boa
Acompanhe o 'Em Cartaz' com a colunista de VEJA Isabela Boscov, que comenta 'Meu Ex É um Espião'
Mila Kunis é ótima. É tão boa, na verdade, que é quase inteiramente por causa dela que esta comédia de mote gasto – moça descobre que o cara que acabou de dar o fora nela é um perigoso espião internacional – não descamba para a total desorganização.
Como Audrey, uma garota comum que tem de sobreviver a ondas de assassinos profissionais e agentes internacionais por causa de um rolo do ex-namorado Drew (Justin Theroux), Mila mantém o foco, a plausibilidade e sobretudo a afabilidade – com o que contrabalança até a personalidade abrasiva de Kate McKinnon, que faz a amiga inseparável de Audrey e é aquele tipo de comediante que insiste em ser a alma da festa o tempo todo.
Justin Theroux é outro ponto alto, embora tenha pouco tempo em cena. E Sam Heughan, o bonitão de Outlander, se não acrescenta muito em termos dramatúrgicos, é no mínimo uma presença agradável no filme dirigido com pisada meio dura por Susanna Fogel. No saldo final, lembra uma versão mais apressada e menos habilidosa de A Espiã que Sabia de Menos, aquela delícia com Melissa McCarthy.