‘O Retorno de Mary Poppins’: a babá mágica volta em grande estilo
O 'Em Cartaz' dessa semana traz uma magia do passado
No ‘Em Cartaz’ dessa semana, a colunista de VEJA Isabela Boscov comenta o revival do clássico filme Mary Poppins, que chega aos cinemas nesta semana. Pobres crianças Banks: perderam a mãe, não conseguem consolar o pai pela viuvez e, agora, estão ainda ameaçadas de despejo da casa que sempre foi seu lar por um banqueiro malévolo que insiste em cobrar uma dívida. No meio de tanta tribulação, eis que a solução cai, literalmente, dos céus na forma de Mary Poppins, a babá mágica que, algumas décadas antes, salvou também o pai e a tia delas de agruras semelhantes.
Cinquenta e quatro anos depois de lançar um dos maiores sucessos de sua história, a Disney agora tira a babá da aposentadoria em grande estilo – à moda de um musical da Broadway, com treze canções e várias coreografias (o diretor Rob Marshall, conhecido por outro cinemusical de sucesso, Chicago, ajudou a compô-las), muito vigor e entusiasmo, uma linda produção e, sobretudo, um elenco excelente capitaneado por aquele deleite chamado Emily Blunt e pelo astro do teatro Lin-Manuel Miranda – e completado por Ben Whishaw, Emily Mortimer, Colin Firth, Julie Walters e outros atores de primeira linha (Dick van Dyke, o limpador de chaminés do filme original, faz uma ponta, assim como Meryl Streep e a venerável Angela Lansbury). Só dois poréns: canta-se muito, muito mesmo, e o filme é longo – um teste de resistência para as crianças que, afinal, são o público primordial de O Retorno de Mary Poppins.