1 ano do acidente da Chapecoense: a tragédia virou drama
O consolo deu lugar a uma nítida sensação de injustiça. Veja os depoimentos dos familiares das vítimas do acidente
Por Da Redação
Atualizado em 10 dez 2018, 14h17 - Publicado em 24 nov 2017, 17h00
“Dirigente de futebol não tem coração, tem conta bancária” -
O representante comercial Osmar Machado, pai do zagueiro Filipe Machado, recusou quase todos os telefonemas feitos para seu celular na madrugada de 29 de novembro do ano passado. Era costume receber do único homem entre seus cinco filhos a primeira ligação no dia de seu aniversário. Osmar sabia que Filipe estava viajando, mas estranhou a demora. Resolveu, então, atender uma das chamadas. Era de um amigo, que logo lhe pediu que ligasse a televisão. “Minha vida praticamente acabou ali”, diz Osmar. Sem pensar muito, pegou o carro e dirigiu por mais de 450 quilômetros até Chapecó. No caminho, disse que quase jogou “o carro na traseira de um caminhão”, mas parou para se acalmar e foi acudido por uma policial rodoviária. Nos dias que se seguiram à tragédia, era dele uma das vozes mais exaltadas. Hoje Osmar diz ter recebido o carinho de amigos e desconhecidos, mas segue criticando a postura da diretoria do ex-empregador de Filipe. “Desde o dia em que deixei a cidade com o corpo do meu filho, ninguém da Chapecoense me ligou”, afirma. Para ele, “dirigente de futebol não tem coração, tem conta bancária”. (Jefferson Coppola/VEJA)
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A comoção pela tragédia, ocorrida em 29 de novembro do ano passado, espalhou-se em ondas por todo o mundo. A queda do avião da companhia LaMia na Colômbia matou 71 pessoas, entre jogadores e comissão técnica do time, jornalistas e tripulação. Houve apenas seis sobreviventes. Em ano após o acidente com o voo do time de Chapecó, a extraordinária comoção que envolveu o mundo deu lugar à briga das famílias pela indenização. Até a terça-feira 21, a Chapecoense já havia sido acionada judicialmente em quinze processos trabalhistas movidos por parentes de jogadores e funcionários do clube. “Aquela diretoria cuidadosa que eu conhecia desapareceu”, diz Ilaídes Padilha, mãe do goleiro Danilo.
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