‘Os movimentos antivacina são inaceitáveis’, diz infectologista David Uip
Uma das maiores referências na área do país fala como esses grupos estão influenciado a volta de doenças – e não só do sarampo
O infectologista David Uip é o convidado desta semana do Páginas Amarelas. O médico é um dos poucos profissionais com larga experiência em cargos públicos, na medicina privada e no universo acadêmico. O trânsito nos diversos setores na área de saúde o faz discorrer com tranquilidade sobre assuntos dos mais variados.
Em entrevista a editora de saúde Adriana Dias Lopes, fala do corte de orçamento do governo federal na ciência brasileira. “Eu jamais tiraria dinheiro de pesquisa cientifica”. Aqui ele comenta a norma que prega a obrigatoriedade do Estado em prover remédios de alto custo para portadores de doenças raras e dos pedidos esdrúxulos que chegam ao governo: “Já fui ameaçado de prisão por liberei remédio para tratamento de cachorro”, diz sobre os cinco anos em que foi secretário de Saúde do Estado de São Paulo.
Ataca veementemente os movimentos antivacina e diz como é cuidar de políticos e como eles têm uma postura diferente como pacientes em relação aos artistas. Por fim, o infectologista alerta sobre a volta da sífilis: “O aumento de casos de sífilis por sexo oral no Brasil é estrondoso entre homens e mulheres”.