A Polícia Federal acusou o ex-reitor da UFSC de integrar “esquema criminoso” que desviou “80 milhões de reais”. Luiz Cancellier de Olivo se suicidou num shopping center. Agora, sai o relatório final — e o resultado é pífio.
O documento dispara uma fuzilaria verbal contra o reitor. Afirma que “Cancellier detinha pleno conhecimento sobre o funcionamento e a dinâmica das fundações e de todas as irregularidades”. Assegura que o reitor “agiu decisivamente em condutas impugnadas nesta investigação” e participou de uma organização criminosa.
O aspecto alarmante é que as afirmações do relatório não se baseiam em provas conclusivas. Não há um documento inequívoco ou uma prova cabal. O texto limita-se a especular sobre a intenção de troca de funcionários e sobre o conteúdo real de conversas no WhatsApp, a apontar a estranheza de algumas coincidências, e chega até a fazer referências a fofocas e “comentários”.