Promoção do Ano: VEJA por apenas 4,00/mês

José Casado

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Informação e análise
Continua após publicidade

Bolsonaro e aliados sentiram o golpe da mobilização em São Paulo

União de organizações civis na defesa da democracia já produziu efeitos políticos relevantes na campanha eleitoral

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 29 jul 2022, 02h16 - Publicado em 28 jul 2022, 02h14
  • Seguir materia Seguindo materia
  • .
    Arthur Lira (à esquerda), Ciro Nogueira e Jair Bolsonaro, ontem na convenção do Partido Progressistas — (Reprodução/Instagram)

    A união de organizações civis, em São Paulo para ato público em defesa do regime democrático já produziu efeitos políticos relevantes na campanha eleitoral: Jair Bolsonaro e aliados passaram à posição defensiva.

    Na fim da tarde terça-feira, a direção da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo fez circular o manifesto da miríade de organizações civis que organizam um comício suprapartidário no próximo dia 11 na capital paulista. A mensagem é objetiva: “Sabemos deixar ao lado divergências menores em prol de algo muito maior, a defesa da ordem democrática.”

    Com apenas 72 horas de circulação na internet, contavam-se ontem mais de 160 mil assinaturas de apoio.  No início da tarde desta quinta-feira (28) já havia ultrapassado 260 mil.

    É uma peça simbólica da fadiga com as ameaças constantes de tumulto no processo eleitoral, conhecida tática de sabotagem da estabilidade do regime democrático. Seria apenas mais um abaixo-assinado, não fosse a escalada de adesões individuais e de organismos da elite brasileira.

    Ontem, em Brasília, Jair Bolsonaro, Arthur Lira, presidente da Câmara, e Ciro Nogueira, chefe da Casa Civil, demonstraram preocupação com os efeitos da reação política organizada em São Paulo.

    Continua após a publicidade

    Eles sentiram o golpe. Perceberam os riscos implícitos para a campanha de reeleição.

    Há pelo menos três razões para isso: o comício é suprapartidário, deixa Bolsonaro exposto no alvo coletivo e está marcado para cinco dias antes do início da propaganda eleitoral no rádio, na televisão e na internet, o que pode garantir ampla repercussão ao protesto.

    “Manifesto político”, desqualificou o candidato enquanto caminhava do Palácio do Planalto à sede do Congresso para participar da convenção do Partido Progressistas (PP), locomotiva do agrupamento parlamentar conhecido como Centrão.

    Na sequência, diante dos aliados, Bolsonaro manteve o tom de desdém: “Vivemos num país democrático, defendemos a democracia, não precisamos de nenhuma cartinha para dizer que defendemos a democracia.”

    Continua após a publicidade

    Acrescentou: “Não precisamos, então, de apoio ou sinalização de quem quer que seja para mostrar que nosso caminho é a democracia, a liberdade, respeito à Constituição.”

    Arthur Lira, presidente da Câmara, chefe do PP e coordenador do Centrão, mostrou-se afetado pelas críticas ao silêncio obsequioso com as tentativas de tumulto do processo eleitoral: “A Câmara dos Deputados fala quando é necessário falar, não quando querem obrigá-la a falar.”

    Prosseguiu, um tanto esquivo quanto desconexo, na afirmação do próprio poder: “Instituições no Brasil são fortes, são perenes e não são e nunca serão redes sociais. Não podemos banalizar as palavras das autoridades no Brasil. Não farão isso com a Câmara dos Deputados enquanto eu for presidente.”

    Ciro Nogueira, chefe da Casa Civil de Bolsonaro e presidente licenciado do PP, produziu uma autodefesa permeada por ressalvas: “Acredito [nas urnas eletrônicas], só não acho que elas são infalíveis. Isso aí eu sempre disse. Não há nada que não possa ser aperfeiçoado. Mas eu acredito [nas urnas] totalmente.”

    Continua após a publicidade

    As pesquisas indicam que vai ser a eleição da rejeição, ou, como tem repetido Bolsonaro, a da escolha do “menos pior”. A reunião do PP, ontem, poderia servir como caso de estudo sobre os reflexos do medo como sentimento na política.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Veja e Vote.

    A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

    OFERTA
    VEJA E VOTE

    Digital Veja e Vote
    Digital Veja e Vote

    Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

    2 meses por 8,00
    (equivalente a 4,00/mês)

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.