Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99
Imagem Blog

Maquiavel

Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Justiça do Rio coloca em liberdade mulher que levou homem morto a banco

'Clamor público não é requisito previsto em lei para decretação ou manutenção da prisão', diz juíza na decisão; ela aceitou a denúncia feita pelo MP

Por Isabella Alonso Panho Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 Maio 2024, 15h14 - Publicado em 2 Maio 2024, 15h07

A Justiça do Rio de Janeiro mandou soltar nesta quinta-feira, 2, Erika de Souza Vieira Nunes, que estava presa em flagrante desde o dia 16 de abril por ter levado o tio, Paulo Roberto Braga, já morto, para fazer um empréstimo de 17.000 reais em uma agência bancária em Bangu. Na decisão, a juíza da 2ª Vara Criminal de Bangu, Luciana Mocco, disse que o “clamor público” não pode ser usado como critério para a prisão. 

“Trata-se de acusada primária, com residência fixa, não possuindo, a princípio, periculosidade a prejudicar a instrução criminal ou colocar a ordem pública em risco. Inobstante a grande repercussão do caso em rede nacional e internacional, (…) o clamor público não é requisito previsto em lei para decretação ou manutenção da prisão”, diz a decisão desta quinta.

Apesar de poder responder ao processo em liberdade, Erika terá que cumprir algumas restrições. Ela não poderá sair da cidade por mais de sete dias e todos os meses precisará ir ao fórum apresentar-se à Justiça.

No mesmo ato, a magistrada recebeu a denúncia apresentada pelo Ministério Público, que acusa Erika dos crimes de tentativa de estelionato e vilipêndio de cadáver. As penas desses dos crimes, somadas, chegam a oito anos. Porém, como o estelionato foi tentado, na hipótese de condenação a sobrinha tem uma redução de um a dois terços da pena. Por isso, se condenada, Erika não deve ficar em regime fechado.

Entenda o caso

No dia 14 de abril viralizou nas redes sociais o vídeo em que Erika tentava fazer um empréstimo bancário com o tio já morto – – ele já estava com a saúde bastante debilitada e dependia dos cuidados dela. A atendente do banco desconfiou da situação, registrou o vídeo e chamou o Samu, que atestou o óbito de Paulo.

Continua após a publicidade

Dois dias depois, a sobrinha foi presa em flagrante. Apesar de ser ré primária e não ter antecedentes criminais, na audiência de custódia a sua prisão foi convertida em preventiva, sob o argumento de que a medida era necessária para “garantia de aplicação da lei penal e da ordem pública”. A defesa de Erika argumenta que ela possui uma filha de catorze anos, com problemas psiquiátricos, totalmente dependente.

As perícias já realizadas no caso não foram capazes de precisar a hora da morte de Paulo. Um motorista de aplicativo que levou ele e Erika até as proximidades do banco disse que ele estava vivo e chegou a segurar a porta do veículo.

O caso teve repercussão internacional e chegou a se tornar tema para um projeto de lei que cria o delito de “abuso de biometria”, de autoria do deputado amazonense Adail Filho (Republicanos).

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.