Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99

Maquiavel

Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Para investigar servidores, CGU quer amplo acesso a processos de Bolsonaro

Pedido foi apresentado no caso das joias sauditas, das milícias digitais e do vazamento de dados de investigação da PF -- todos em trâmite no Supremo

Por Isabella Alonso Panho Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 2 set 2024, 16h23
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O controlador-geral da União, Vinícius Marques de Carvalho, pediu nesta segunda-feira, 2, ao Supremo Tribunal Federal (STF) para ter acesso completo, sob condição de manter o segredo de Justiça, das provas produzidas nos inquéritos das milícias digitais, do caso das joias sauditas, da fraude nos cartões de vacinação e do vazamento de dados de inquéritos da Polícia Federal, para investigar e eventualmente punir a conduta de funcionários públicos federais envolvidos nos dois episódios. Todos os inquéritos envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro.

    Em janeiro deste ano, o relator desses três casos, o ministro Alexandre de Moraes, já havia permitido o compartilhamento de provas com a Controladoria-Geral da União (CGU). No entanto, o pedido feito nesta segunda pede que essa partilha seja integral — o que não teria acontecido até então. Carvalho afirma que a documentação compartilhada não possui gravações de conversas, trocas de mensagem ou quebra dos sigilos telefônico e bancário, provas que poderiam embasar uma virtual investigação.

    “Até o momento, esta Controladoria-Geral recebeu apenas os autos principais dos referidos processos, que não vieram acompanhados dos elementos de prova que compõem os relatórios e laudos emitidos pela Polícia Federal, tais como áudios e conversas extraídos de ferramentas de mensagens instantâneas, como o WhatsApp, e-mails, registros fotográficos, filmagens, planilhas, termos de depoimento e de interrogatório, informações de  transferências bancárias, dados de quebra de sigilo telemático, quebra de sigilo telefônico e quebra de sigilo de dados, dentre outros arquivos e documentos que sirvam para embasar as conclusões da autoridade policial”, diz o pedido. Trata-se de um mesmo ofício que foi protocolado nos três inquéritos.

    Na manifestação, Carvalho afirma que “tais elementos de prova são imprescindíveis para análise do caso, de modo a possibilitar a esta CGU a adoção das providências cabíveis para a promoção da responsabilização administrativa dos agentes públicos federais envolvidos”. A Controladoria age como um “tribunal administrativo” e pode conduzir processos disciplinares contra servidores públicos federais. O órgão pode punir com a demissão e até com a cassação da aposentadoria de servidores inativos.

    Continua após a publicidade

    Decisão da PGR

    A investigação sobre o caso das joias sauditas está próxima do desfecho. Em julho, a Polícia Federal indiciou Bolsonaro e seus aliados pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa e o caso foi remetido à Procuradoria-Geral da República (PGR), que já poderia denunciar criminalmente os investigados. No entanto, o órgão pediu no último dia 23 acesso a mais documentos produzidos no período da investigação.

    Similar movimentação aconteceu no caso da fraude aos cartões de vacinação. O inquérito foi relatado, mas o procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu mais diligências — incluindo uma resposta do Departamento de Justiça dos EUA sobre o eventual uso do cartão de vacinação falsificado pelo ex-presidente em solo estrangeiro. Em julho, os EUA responderam que não têm registro da informação.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.