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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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A bola fora dos senadores da base de Lula sobre militares na política

Entenda

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 Maio 2024, 22h27 - Publicado em 31 ago 2023, 10h37
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  • O governo Lula finalmente liberou o envio ao Congresso da PEC que poderá acabar com um grande mal que o bolsonarismo reacendeu no Brasil: a politização das Forças Armadas.

    A existência da Proposta de Emenda à Constituição – e a iniciativa correta de José Múcio, ministro da Defesa, de conter as ideologias nos quartéis – foi revelada pela coluna em março.

    Ocorre que, infelizmente, o texto foi alterado em um ponto, na última hora, à pedido de senadores governistas, incluindo o líder do governo no Congresso, Jaques Wagner, que foi ministro da Defesa.

    Em março, escrevi na coluna:

    “O ministro José Múcio costurou com os comandantes das Forças Armadas – e com o presidente – para que militares do Exército, Marinha e Aeronáutica que se candidatarem não voltem para a ativa”

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    “Outro fato importante da Proposta de Emenda Constitucional é: isso valerá para os generais que virarem ministros – caso de Eduardo Pazuello, fiasco como ministro da Saúde, e que ainda fez a desonra de participar de um ato político (e antidemocrático) com Jair Bolsonaro”.

    Pois bem.

    A parte dos ministros de Estado foi retirado. Jaques Wagner explicou seu ponto – que é um cargo que depende do convite do presidente da República e fez um raciocínio para explicar não é um ato voluntário de se candidatar.

    “Ministro também é um cargo político, concordo. Só que é um cargo político de convite. Ninguém é ministro porque quer. É ministro porque é convidado […] para também não parecer discriminação”, disse Jaques Wagner nesta quarta, 30.

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    Não é bem assim. Muitos políticos – e generais do Exército, como vimos na gestão Bolsonaro – trabalham nos bastidores para receberem o convite para o cargo de ministro.

    É um erro do governo Lula deixar a brecha aberta, mesmo que a proposta toda em si seja um avanço importantíssimo contra o avanço nos quartéis.

    Segundo a coluna apurou, Otto Alencar, líder do PSD, argumentou ainda mais que Wagner sobre a retirada do cargo de ministros da PEC. Uma bola fora dos dois.

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