Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99
Continua após publicidade

“A alta gastronomia sobreviverá”, atesta Erick Jacquin

O chef francês diz que a multa que recebeu em seu restaurante faz parte da fase de adaptação ao novo normal e que cozinhar de máscara é muito difícil

Por Jana Sampaio Atualizado em 4 jun 2024, 15h37 - Publicado em 21 ago 2020, 06h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Seu restaurante em São Paulo foi multado por passar do horário de funcionamento. Está difícil se adaptar ao novo normal? É complicado fazer tantos ajustes de uma hora para outra, sem dúvida. Para conseguir encerrar o expediente às 10 da noite, preciso contar com a pontualidade dos clientes, que às vezes demoram a sair. Agora, já aviso para pedirem a conta quinze minutos antes da hora de terminarmos os trabalhos. Quanto à multa, paguei e vida que segue.

    Dá para proporcionar uma experiência de alta gastronomia com tantos protocolos? Dá. Com a higienização o tempo todo do salão, perde-se um pouco do glamour, é verdade. Mas observo que as pessoas se acostumam aos novos ritos, especialmente quando há boa comida à mesa.

    Seguirá com o delivery? Não. É o momento de reorganizar o restaurante, o negócio principal. Tive prejuízo neste período, e o delivery, cá entre nós, dá dor de cabeça. Quando a embalagem chega revirada, ninguém liga para o aplicativo de entregas para reclamar, mas para o Jacquin.

    Desde que estreou a nova temporada do MasterChef, chovem críticas nas redes pelo fato de os participantes não usarem máscara. O público tem razão? Todos que entram nos estúdios são testados semanalmente. Meu nariz e meu braço já não aguentam mais. Só não usamos máscara na frente das câmeras. Nos bastidores, andamos sempre com o rosto coberto. A verdade é que é difícil cozinhar com ela.

    Como é ser pai mais velho de gêmeos de 1 ano e meio? Hoje, consigo dar mamadeira para as crianças, coisa que não foi possível com meu primogênito, de 22, por eu sempre estar trabalhando. A pandemia me aproximou dos pequenos. Já Edouard, o mais velho, que mora na França, não vejo há seis meses.

    Continua após a publicidade

    Acredita que algumas das transformações pós-pandemia serão permanentes? Não vejo mais a possibilidade de uma vida sem álcool em gel e com as pessoas entrando em casa com seus sapatos. O consumo também deverá se manter mais racional. A humanidade se adapta a tudo.

    Publicado em VEJA de 26 de agosto de 2020, edição nº 2701

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.